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Empresa se defende sobre analgésico
Por Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
21/06/2007 | 07:11
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A Dentsply, empresa que produz o Lidostesim, negou que o medicamento tenha sido usado no tratamento dentário no dia em que Milena Cristina da Silva Santos, 3 anos, teve parada cardiorrespiratória, entrou em coma e foi a óbito, dia 19 dezembro, depois de ser atendida na clínica Sorrident’s, em São Bernardo.

A empresa voltou a se manifestar porque a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou o uso do medicamento, o que fez com que o nome do produto voltasse ao noticiário, associado à morte da menina.

Segundo a empresa, laudos médicos do Instituto Médico-Legal mostram que “não havia Lidostesim no consultório da dentista nem no corpo da menina”. Em nota, a empresa diz que tanto na clínica quanto no corpo da menina só foi “encontrada a substância Mepivacaína, que não tem nada a ver com o Lidostesim”.

Procurada, a direção Sorrident’s informou que a dentista que atendeu a menina, Daniele Moutinho, está de licença médica e que não se pronunciará sobre o caso. O uso do Lidostesim estava suspenso desde o dia 27 de novembro, dias antes da morte de Milena, em razão de queixas de mal-estar em alguns pacientes, como náuseas e vômitos. A suspensão ocorreu ainda porque após análises no princípio ativo do medicamento constatou-se que a concentação era de 65%, enquanto que o rótulo dizia que era entre 90% e 115%, e porque o rótulo não trazia algumas especificações, como a concentração do princípio ativo por unidade.

Segundo a Anvisa, inspeções na fábrica feitas entre os dias 24 e 26 de abril apontam que os problemas já foram corrigidos. Ainda não há prazo para conclusão do inquérito policial aberto pelo 1º DP para apurar o caso.

Segundo o delegado Paulo Alberto Mendes Pereira, a delegacia aguarda laudos de exames do Instituto de Criminalística e da Anvisa, que apontem quais remédios foram usados no atendimento à menina.

 “Quando recebermos tudo, mandaremos para nossa junta de médicos legistas (Polícia Técnico Científica). Só após essa análise dos médicos é que podemos dizer se houve negligência ou imperícia da profissional que atendeu a menina.”



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