Política Titulo Diadema
Conselheiros denunciam secretários de Lauro no MP

Afastados do cargo por ordem da Justiça acusam Carol e Lucchini de dano ao erário

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
15/10/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Afastados dos cargos de conselheiros tutelares por ordem judicial, Francelino do Nascimento e Amanda Terra Castilho Koppe acusam secretários do governo do prefeito Lauro Michels (PV) de dano ao erário ao abonar folgas ilegais de servidores no período de festas de fim de ano de 2017.

A dupla ingressou no início do mês com representação no Ministério Público pedindo que Caroline Rocha, chefe da Secretaria de Assistência Social e primeira-dama do município, e Sérgio Luiz Lucchini, responsável pela Pasta de Gestão de Pessoas, sejam responsabilizados por abonar folgas, segundo eles ilegais, de servidores na virada de ano entre 2017 e 2018. Curiosamente, Nascimento e Amanda também se beneficiaram do recesso informal criado no governo, fato este que ajudou a resultar no afastamento deles e de outros conselheiros tutelares da cidade.

“Todos os pontos de todos os funcionários da Pasta (de Assistência Social) foram abonados internamente, sem que qualquer funcionário ou colaborador tivesse que bater o ponto ou registrar a biometria no equipamento eletrônico (...). A verdade é que, por ordem ilegal emanada da Secretaria de Assistência Social, concedendo o recesso/rodízio ilegal (de folgas), e após o ilegal abono administrativo realizado pelo secretário de Gestão de Pessoas, todos os funcionários, colaboradores e (integrantes da) frente de trabalho tiveram seus pontos alterados e receberam pelos dias não trabalhados, causando prejuízo ao erário”, defende a dupla de ex-conselheiros.

HISTÓRICO
Em agosto a Justiça de Diadema, a pedido do próprio MP, afastou Nascimento, Amanda e mais três conselheiros tutelares por envolvimento em práticas de improbidade administrativa. O juiz José Pedro Rebello Giannini acolheu o argumento da Promotoria que apontou diversas práticas irregulares por parte dos conselheiros, como assinatura da folha de presença sem que tivessem comparecido ao trabalho, não cumprimento de jornada até utilização de veículo da frota pública da administração para fins particulares.

Questionado sobre a denúncia dos conselheiros tutelares no Ministério Público, em que acusam os secretários do governo de abonar faltas de forma irregular, o Paço não se pronunciou sobre o assunto. 




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