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Alunos da UFABC se unem à comunidade para erguer laboratório

Projeto colaborativo nasceu por meio de financiamento coletivo e está sendo montado no campus São Bernardo; área será voltada a pesquisas e criação

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
16/09/2017 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Um símbolo da construção colaborativa nasce no campus São Bernardo da UFABC (Universidade Federal do ABC). Trata-se do Wikilab, laboratório que está sendo montado por estudantes, pesquisadores e agentes da sociedade civil a partir de peças de madeira compensada e cujo objetivo é se tornar espaço aberto à sociedade destinado à promoção de pesquisas e ao desenvolvimento de tecnologias para as áreas de cultura e direitos humanos.

O projeto, que se propõe a ser o primeiro do Brasil no gênero, ganhou vida a partir de financiamento coletivo finalizado em junho. A meta era arrecadar R$ 63 mil, no entanto, a proposta inovadora conseguiu 937 doadores e montante de R$ 72.115. No endereço eletrônico wikilab.blog.br/contas é possível acompanhar os gastos já realizados de forma detalhada.

A montagem do espaço de 40 m², em área doada pela UFABC, teve início no fim de agosto e a expectativa é a de que o funcionamento do laboratório ocorra a partir do dia 30 de outubro. “Será um local onde toda e qualquer pessoa que queira poderá estudar e produzir tecnologia, integrando, desta forma, a cultura maker e o saber acadêmico”, observa um dos organizadores, Alessandro Siqueira e Silva.  

A consolidação de área que abrigará o LabLivre (Laboratório de Tecnologias Livres) e também ambiente para colaborar, criar e empreender (o makerspace nasceu em 2014, em Santo André, a partir da ideia do DIY (Do It Yourself – faça você mesmo) tem como base o conceito de wikihouse (projeto em que qualquer um pode ‘imprimir’ e montar casas, iniciado em 2011 por arquitetos de Londres). A adaptação e o desenho do laboratório da UFABC foram feito pelos arquitetos Maíra Zasso e Yorik Van Havre, do Uncreated.net (coletivo de arquitetos), inspirada em experiência realizada na Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 2015.

O prédio está sendo erguido com estrutura de madeira compensada, cortada por uma máquina CNC – impressora 3D com cortadora a laser. “O primeiro desafio é unir a comunidade, fazer com que ela se sinta dona do espaço e participe da manutenção daí para frente”, ressalta Luciano Ramalho, do hackerspace (espaço que reúne pessoas com interesse em computação e tecnologia) Garoa Hacker Clube, em vídeo de apresentação do projeto.




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