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Irmandade roqueira em casa

Leeds lança disco com clareza na
identidade e chegada de novo integrante

Oscar Brandtneris
Especial para o Diário
21/11/2015 | 07:00
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Divulgação:


Sorte grande mesmo para quem gosta de música é conviver diariamente, desde criança, com alguém que também adora tocar e se divertir tocando. E quando a trilha sonora da infância e adolescência é o Live at Leeds do The Who? Aí, a coisa só melhora e até faz nascer banda entre dois irmãos. A Leeds, de Santo André, é formada desde o começo por Willian e Renan Paiva. Um com 23, outro com 27 anos. Um na bateria, outro compondo, cantando e tocando guitarra. Mas guitarra pesada, sem frescura. E com letras fortes, sem pena de tocar nas feridas.

Desde crianças, os dois fazem tudo juntos e são muito parceiros, da música até o futebol. Mas a coisa começou ficar séria mesmo em 2013, quando lançaram o primeiro disco da banda, homônimo. Hoje é hora de comemorar e celebrar o lançamento do segundo trabalho, Geração Roubada (disponível na íntegra no YouTube). A banda se apresenta dia 5, em Santo André, no Gambalaia (Rua das Monções, 1.018), ao lado do grupo Ltda. A entrada custa R$ 10 e a casa abre às 18h.

“O processo de gravação deste segundo trabalho foi um pouco diferente. No primeiro, nós tínhamos músicos de apoio, usamos instrumentos como órgão, mas neste, queríamos soar mesmo como um power trio, com menos guitarra e o contrabaixo mais solto, para realmente lembrar uma sonoridade ao vivo”, explica o baterista Willian Paiva.

Sobre o tema que todo o disco condensa em cada uma das 11 faixas, está a geração de jovens que vive no século atual. Cobrança, responsabilidade de agradar o próximo, obrigações; a união destes fatores acaba fazendo com que não seja possível ser você mesmo, ir atrás do que acredita. E a música está ligada com tal dilema.

“Parece que nós somos obrigados a pensar em tudo e agradar quem está de fora antes do que nós mesmos. Isso tudo acaba roubando nossa ambição. Não estão roubando nada material nosso, mas sim espiritual, que está dentro da gente”, explica o baterista.

Com a saída do antigo contrabaixista, que aconteceu no meio do processo de divulgação do primeiro álbum, não existiu preocupação de encontrar com pressa um sucessor. Inclusive, os dois irmãos fizeram alguns shows como dupla. Leandro Sant’ana, 32 anos, só apareceu na história quando entraram em estúdio para gravar o novo trabalho. As linhas de contrabaixo e sintonia que nasceram confirmaram: ele precisava ser da banda.

Deixando os dois discos rolando um após o outro, é possível entender que, antes da tal evolução, um ponto chama mais atenção: a identidade. A união entre os irmãos e a soma com o novo baixista formaram um casamento interessante para uma banda de rock and roll soar como tal. 




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