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Sete secretários deixam Paços rumo às eleições

Número é maior do que em 2014, quando quatro pediram demissões dos governos para se candidatar

Por Junior Carvalho
09/04/2018 | 07:00
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Montagem/DGABC


 Sete dos 162 secretários e demais integrantes do primeiro escalão do Grande ABC deixaram seus cargos na semana passada para viabilizar candidaturas a deputados estadual e federal em outubro, como determina a legislação eleitoral. Essa quantia supera o quadro registrado no pleito de 2014, quando os prefeitos da região perderam quatro secretários para a disputa eleitoral – destes, apenas um foi eleito: Atila Jacomussi (PSB, hoje prefeito de Mauá).

O governo do prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), contou com o maior número de baixas no Paço (e com maior cartela de candidaturas governistas): três Secretários de Serviços Urbanos, o vice-prefeito Marcelo Lima se desincompatibilizou do posto no secretariado para disputar cadeira na Assembleia Legislativa ou na Câmara dos Deputados – não há necessidade de deixar o cargo eletivo, de número dois da administração.

Nos últimos dias, Marcelo Lima também trocou de partido para abrigar seu projeto. Deixou o Solidariedade e ingressou no PSD. A lista é completada pelo vereador licenciado e então secretário de Esportes, Alex Mognon (voltará à Câmara), e pela primeira-dama Carla Morando (PSDB). Também não há definição de cargos que deverão disputar em outubro.

Em Santo André, Edson Sardano (PTB) deixou o comando da Secretaria de Segurança Cidadã e o ex-prefeiturável Ailton Lima (PSD) foi exonerado da chefia de Desenvolvimento Econômico para asfaltarem candidaturas a federal.

Na gestão Lauro Michels (PV), de Diadema, foram duas movimentações. Titulares das Pastas de Habitação e da Chefia de Gabinete, Regina Gonçalves (PV) e Márcio da Farmácia, respectivamente, foram afastados de seus cargos. Após meses de impasse, a dupla fechou dobrada, sendo a primeira como candidata a federal e o segundo, a estadual. Também vice-prefeito, Márcio da Farmácia trocou o PV, onde estava filiado desde 2011, pelo Podemos. Internamente, figuras do Paço diademense ainda desconfiam da candidatura de Márcio, uma vez que o governo também é pressionado para apoiar o presidente da Câmara, Marcos Michels (PSB), primo do prefeito.

Diferentemente de quatro anos atrás, o governo de Mauá não terá quadros próprios nas urnas. Além de a gestão Atila apostar em projeto federal ou estadual de Admir Jacomussi (PRP), presidente da Câmara e pai do prefeito, a avaliação do núcleo duro do Paço mauaense é de não patrocinar candidaturas de atuais aliados que, daqui dois anos, podem se fortalecer para rivalizar com o próprio chefe do Executivo no pleito de 2020, quando o socialista tentará a reeleição. Foi justamente esse movimento que beneficiou o triunfo de Atila rumo ao Paço.

O socialista rompeu com o então prefeito Donisete Braga (ex-PT, atual Pros), deixou o comando da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) para ser candidato a deputado estadual. Saiu vitorioso e, dois anos depois, venceu o então petista no segundo turno das eleições municipais de 2016.

As Prefeituras de Ribeirão Pires e de Rio Grande da Serra também não terão nomes do primeiro escalão nas urnas. Potencial postulante a estadual, Taka Yamauchi (PSD), secretário de Obras do governo do prefeito Adler Kiko Teixeira (PSB), de Ribeirão, desistiu de concorrer.

(colaborou Fábio Martins)




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