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Central do Rock reúne 3 mil em parque de Santo André
Everaldo Fioravante
Do Diário do Grande ABC
23/05/2005 | 07:54
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As nuvens negras no céu não impediram que a nuvem negra se formasse em solo firme. Metaleiros devidamente trajados de preto, mesmo com chuva e frio, compareceram aos shows de rock promovidos domingo à tarde no Parque Central, em Santo André, na inauguração do projeto Central do Rock. As bandas Montanha, do Grande ABC, Claustrofobia e Krisium, ambas de São Paulo, atraíram ao local em torno de 3 mil pessoas, estimativa tanto da organização do evento quanto da Guarda Civil Municipal. Vozes macabras, guitarras distorcidas e baterias sendo massacradas deram o tom.

Em show de metaleiro, algumas coisas não faltam: cabeças balançando de um lado para o outro, honrando a dança típica dos metaleiros; certa bebedeira por parte do público; muita agitação, entusiasmo que em alguns casos é até exagerado; e uns focos de briga. Em espetáculos grandes, como foi o Central do Rock, essa união de fatores por vezes chega a ser explosiva. No entanto, em Santo André, tudo transcorreu em paz.

Os princípios de briga não evoluíram, logo se desfizeram com a intervenção dos guardas. O esquema de segurança também deu conta de segurar os fãs que insistiam em tentar avançar a barreira de proteção que separava o público do palco. No final das contas, todo mundo curtiu.

A relações públicas Tuka Quinelli, 38 anos, que trabalha em São Bernardo e mora em São Paulo, veio da capital para o show: “Com bandas boas, em shows gratuitos, pode fazer sol ou chuva, pois eu venho mesmo”.

O estudante Marcelo Simonassi, 17, de Santo André, integrante da banda Guillotine, já estava pensando até em subir no palco, não neste domingo, mas em uma outra ocasião, e para tocar. Ele sabe que os interessados em se apresentar naquele espaço podem procurar o Departamento de Cultura da cidade (tel.: 4433-0711).

Para o pintor Adriano Ament Santos, 18, de São Bernardo, eventos como o Central do Rock (bimestral) deveriam ocorrer mais vezes.

O casal Luiz Ubirajara Ferroni, 50, e Margareth Ferroni, 44, de Santo André, ele músico e ela auxiliar de enfermagem, foram ao show para acompanhar a filha Giovana, 15, estudante. Eles, que estiveram nas apresentações da Orquestra Sinfônica de Santo André e da banda Ira! na inauguração do Parque Central no dia 17 do mês passado, gostariam que aquele belo palco recebesse com mais freqüência eventos musicais, e de gêneros variados.

Marcelo Índio, 36, da banda da região Necromancia, marcou presença em família. Ele foi com a irmã Karina D‘Castro, 28, que levou o filho Kíron, 4. Marcelo, que também disse pretender tocar naquele palco, falou sobre o grande público que prestigiou o evento: “A força do metal é cada dia maior”. A reportagem ainda tentou conversar com o garotinho Kíron, mas ele estava mais interessado em degustar sua maçã-do-amor.




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