A reunião entre o prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), e o ministro da Saúde, Arthur Chioro (PT), foi novamente adiada. O encontro para tratar diversos temas sobre a área tinha sido originalmente marcado para o dia 17. Em primeiro adiamento, a reunião tinha sido transferida para ontem.

Em nota, a assessoria de imprensa de São Caetano informou que o encontro não aconteceu por questões ligadas à agenda do ministro, mas garantiu que a reunião vai acontecer nos próximos dias.
A promessa de um encontro entre o chefe do Executivo são-caetanense e Arthur Chioro aconteceu após a ida de Paulo Pinheiro para Brasília, no início do mês. O principal tópico a ser abordado no encontro é a definição do futuro do Hospital São Caetano, desativado desde 2011.

A proposta da Prefeitura de São Caetano é a de que cidade sediasse o terceiro grande hospital regional. Outro ponto usado a favor do Palácio da Cerâmica é que o local serviria como alternativa para diminuir a lotação dos leitos já existentes, dando mais espaço para urgências, já que o novo hospital seria especificamente para tratamentos longos.

A dívida da Sociedade Beneficente Hospitalar São Caetano, antiga administradora do equipamento, gira em torno de R$ 60 milhões com o governo federal e incluem passivos trabalhistas e impostos. O prédio, que possui seis andares e 152 leitos, foi avaliado por peritos com valor calculado em torno de R$ 32 milhões.

Paulo Pinheiro revelou, em entrevista ao Diário, que entrou com um pedido para que o ministério adjudique o hospital e depois ceda para a cidade. Logo após essa transferência, a Prefeitura devolveria para a União e para o Estado. As despesas referentes a reforma, equipamentos e custeio seriam divididas entre União e Estado, segundo Pinheiro.

A FUABC (Fundação do ABC) é a favorita de Paulo Pinheiro para fazer a gestão do novo hospital. A entidade já atua no complexo hospitalar são-caetanense, que tem três unidades na cidade (Albert Sabin, Márcia Braido e Maria Braido), além de outros dois, um em Diadema (Serraria) e outro em Santo André (Mário Covas).