Esportes Titulo Agressão a fotógrafo
Diretoria do Santo André adia posição sobre Michael

Meia agrediu fotógrafo do Diário, mas segue
com time para jogar em Araraquara pela A-2

Por Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
07/04/2015 | 07:00
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A diretoria do Santo André ainda não decidiu se irá punir de alguma maneira o meia Michael, que sábado, após o empate por 0 a 0 diante do Velo Clube, pela Série A-2 do Campeonato Paulista, agrediu o fotógrafo Claudinei Plaza, do Diário, enquanto este cumpria sua função, na saída dos vestiários do Estádio Bruno Daniel.

Apesar de ter prometido que até ontem tomaria alguma atitude em relação aos fatos, por enquanto nada foi feito e o jogador, inclusive, foi relacionado e seguiu com o restante do grupo para Araraquara, onde hoje, às 21h30, enfrenta a Ferroviária.

Para oficializar o sentimento de indignação em relação aos fatos, o diretor de Redação do Diário, Sérgio Vieira, enviou ontem carta ao presidente do Santo André, Jairo Livolis, lembrando a participação de outros atletas no ocorrido, que tentaram, inclusive, intimidar o fotógrafo de todas as formas e exigiram que ele apagasse as imagens registradas em sua câmera, o que configura “cerceamento, de forma truculenta, do livre exercício da profissão”, como consta em trecho da carta, publicada na íntegra ao lado.

Na ocasião, irritado com as constantes críticas por parte de alguns torcedores por conta de sua atuação diante do Velo Clube, o meia Michael tentou deixar o Estádio Bruno Daniel às pressas e dizendo que estava cansado da perseguição. Imediatamente, alguns jogadores, como o goleiro Neto e o zagueiro Luiz Matheus, foram atrás do armador e o impediram de sair do estádio, principalmente porque os torcedores estavam do lado de fora protestando.

De forma irracional, Michael tentou se desvencilhar dos companheiros, justamente no momento em que Claudinei Plaza conseguiu registrar as imagens. Percebendo a situação, o meia tentou agredir o fotógrafo, que usou a câmera para se proteger de um soco. Além disso, o atleta tentou acertá-lo com dois chutes. Em seguida, os companheiros de time tentaram obrigar o profissional da imprensa a apagar as imagens e o clima só esfriou com a presença do diretor de futebol do Ramalhão, Juraci Catarino.

A diretoria do Santo André promete para hoje um posicionamento oficial sobre o caso e um pedido de desculpas formal tanto ao Diário como ao fotógrafo Claudinei Plaza.

Agressão poderia tirar jogador da A-2

Caso a atitude irresponsável do meia Michael em agredir o fotógrafo Claudinei Plaza, do Diário, tivesse ocorrido ao lado do gramado e o árbitro do jogo tivesse percebido e citado o fato na súmula, o jogador ficaria praticamente fora do restante da Série A-2 do Paulista.

Segundo advogados especializados em Justiça desportiva ouvidos pelo Diário, caso o juiz tivesse flagrado a agressão teria de colocar o fato na súmula e depois o Tribunal de Justiça Desportiva iria analisar o caso.

Provavelmente, Michael seria enquadrado no artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que prevê suspensão de quatro a 12 partidas para jogadores que cometem agressões consideradas leves, como socos e chutes. Se o agredido tivesse constatada lesão corporal grave, a pena poderia ser de oito a 24 partidas.

Procurada ontem pelo Diário, a Federação Paulista foi sucinta ao lamentar o ocorrido. Em resposta enviada por e-mail, a entidade disse que “é veementemente contra qualquer tipo de agressão”, evitando se prolongar no assunto.




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