Os aposentados e pensionistas com renda mensal de até um salário-mínimo foram os que mais contrataram crédito consignado em abril com instituições financeiras. Esse grupo de menor faixa salarial representou 56,5% do total de operações de empréstimos e financiamentos na modalidade em abril, que atingiu 781,2 mil transações.

O volume total contratado por essas pessoas chegou a R$ 869,2 milhões, fatia correspondente a 42,5% do total emprestado, R$ 2,04 bilhões. Conforme dados do BC (Banco Central do Brasil), o SFN (Sistema Financeiro Nacional) teve, em abril, R$ 118,8 bilhões contratados.

Portanto, os empréstimos consignados vinculados à Previdência representaram 1,7% do total da modalidade.

O crédito pessoal para os segurados pela Previdência com até um salário-mínimo acumulou R$ 864,9 milhões, contra R$ 2,03 bilhões de todos os grupos de faixas salariais. E as operações vinculadas ao cartão de crédito somaram R$ 4,3 milhões, contra R$ 8,2 milhões totais.

Essa modalidade de empréstimo é considerada entre as mais atrativas do mercado financeiro.

Essa classificação acontece devido ao baixo custo, ou seja, menores taxas de juros. Isso ocorre porque os bancos têm menos prejuízo com falta de pagamento das parcelas dos financiamentos, pois elas são descontadas direto nos benefícios dos aposentados e pensionistas.

Os trabalhadores em atividade também podem recorrer ao crédito consignado se a empresa em que atua disponibilizar a operação. Neste caso, as taxas de juros, normalmente, são menores e as parcelas da dívida são descontadas na folha de pagamento.

QUEDA - Na comparação anual, o valor contratado, R$ 2,04 bilhões, pelos aposentados e pensionista decresceu 32,61% em abril. No mesmo mês do ano passado, o montante foi de R$ 3,02 bilhões.

Em nota, o Ministério da Previdência Social comentou que a queda aconteceu porque em abril de 2009, o CNPs (Conselho Nacional de Previdência Social) alterou a margem consignável, que ficou em 30% de comprometimento da renda para a liquidação das parcelas da dívida.