Prefeitura de Santo André negou serviço, solicitado desde dezembro, por ausência de vagas
O que era para ser uma simples consulta de rotina com o neurologista, na Capital, tornou-se dor de cabeça para a família da professora licenciada Nádia Magnani, 61 anos. Isso porque a munícipe foi obrigada a desmarcar o atendimento agendado para a mãe, Wilma Maria Magnani, 88, na tarde de ontem, devido à falta de ambulância disponível para o serviço na Prefeitura de Santo André. O detalhe é que a munícipe tenta solicitar o transporte desde dezembro.
Segundo Nádia, que faz uso do serviço municipal há cerca de um ano, utilizar ambulância é algo difícil. “Eles pedem para ligar todo dia 15 na Prefeitura para marcar o transporte. Acabei ligando no dia 16 (de dezembro), no entanto, fui informada que a administração já não tinha vaga.”
Nádia revela ter no serviço prestado pela Prefeitura única alternativa para levar a mãe ao Hospital do Servidor Público Estadual, localizado na Vila Clementino, na Capital, para a realização de consultas e exames mensalmente. Após sofrer derrame em 2015, Wilma ficou acamada em decorrência de diagnóstico de demência avançada, o que também acarretou a paralisação de movimentos do braço e da mão esquerda. “É descaso total. É uma senhora de 88 anos e eles sequer dão atendimento prioritário. Ninguém questionou o quadro clínico dela. Só me responderam no dia 5, depois que mandei e-mail para a ouvidoria, mas não adiantou nada, pois eles negaram o transporte mesmo assim.”
Procurada pelo Diário, a Prefeitura de Santo André reconheceu que o agendamento do serviço de fato não foi realizado em razão da falta de vagas, mas que “a filha da paciente já foi contatada e, assim que a consulta for reagendada, a munícipe fará contato para solicitar o transporte”. Dessa vez, a administração promete que o caso será tratado com prioridade.
Para Nádia, a solução tardia irá impactar diretamente no tratamento da mãe. “Liguei hoje (ontem) no hospital e eles já informaram que não tem previsão para nova consulta. Vou ter de ligar todos os dias para ver se encontro alguma desistência.”
Segundo o Paço, atualmente o município conta com frota de 12 ambulâncias básicas, sendo três do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), sete terceirizadas e duas da Prefeitura. Além disso, possui 13 vans adaptadas para cadeirantes, sendo três terceirizadas e dez veículos próprios; nove vans convencionais, sendo uma própria e oito terceirizadas para uso da secretaria de Saúde.
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