Setecidades Titulo Descaso
Paciente perde consulta por falta de transporte

Prefeitura de Santo André negou serviço, solicitado desde dezembro, por ausência de vagas

Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
10/01/2017 | 07:00
Compartilhar notícia
Celso Luiz/DGABC


 O que era para ser uma simples consulta de rotina com o neurologista, na Capital, tornou-se dor de cabeça para a família da professora licenciada Nádia Magnani, 61 anos. Isso porque a munícipe foi obrigada a desmarcar o atendimento agendado para a mãe, Wilma Maria Magnani, 88, na tarde de ontem, devido à falta de ambulância disponível para o serviço na Prefeitura de Santo André. O detalhe é que a munícipe tenta solicitar o transporte desde dezembro.

Segundo Nádia, que faz uso do serviço municipal há cerca de um ano, utilizar ambulância é algo difícil. “Eles pedem para ligar todo dia 15 na Prefeitura para marcar o transporte. Acabei ligando no dia 16 (de dezembro), no entanto, fui informada que a administração já não tinha vaga.”

Nádia revela ter no serviço prestado pela Prefeitura única alternativa para levar a mãe ao Hospital do Servidor Público Estadual, localizado na Vila Clementino, na Capital, para a realização de consultas e exames mensalmente. Após sofrer derrame em 2015, Wilma ficou acamada em decorrência de diagnóstico de demência avançada, o que também acarretou a paralisação de movimentos do braço e da mão esquerda. “É descaso total. É uma senhora de 88 anos e eles sequer dão atendimento prioritário. Ninguém questionou o quadro clínico dela. Só me responderam no dia 5, depois que mandei e-mail para a ouvidoria, mas não adiantou nada, pois eles negaram o transporte mesmo assim.”

Procurada pelo Diário, a Prefeitura de Santo André reconheceu que o agendamento do serviço de fato não foi realizado em razão da falta de vagas, mas que “a filha da paciente já foi contatada e, assim que a consulta for reagendada, a munícipe fará contato para solicitar o transporte”. Dessa vez, a administração promete que o caso será tratado com prioridade.

Para Nádia, a solução tardia irá impactar diretamente no tratamento da mãe. “Liguei hoje (ontem) no hospital e eles já informaram que não tem previsão para nova consulta. Vou ter de ligar todos os dias para ver se encontro alguma desistência.”

Segundo o Paço, atualmente o município conta com frota de 12 ambulâncias básicas, sendo três do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), sete terceirizadas e duas da Prefeitura. Além disso, possui 13 vans adaptadas para cadeirantes, sendo três terceirizadas e dez veículos próprios; nove vans convencionais, sendo uma própria e oito terceirizadas para uso da secretaria de Saúde.

 

 

 

 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;