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Apeoesp discorda sobre aulas aos sábados
Por Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
10/09/2006 | 20:33
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Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) quer que a Secretaria Estadual de Educação volte atrás da decisão de implantar aulas aos sábados para que as escolas da rede estadual consigam cumprir a carga horária mínima anual de 800 horas. O sindicato argumenta que o Escola da Família inviabiliza a determinação do governo. No projeto, os portões das escolas são abertos aos finais de semana para atividades com as comunidades locais.

“Que professor vai se responsabilizar por uma criança dentro de uma escola onde qualquer um pode entrar? É um absurdo! E se alguém entra na sala e decide levar um aluno embora. Vai ser de quem a culpa?”, questiona Rita de Cássia Cardoso, que integra o corpo diretor da Apeoesp de Mauá. Além da insegurança, outro fator preocupante levantado pelo sindicato é a ocupação das salas de aula com as atividades promovidas pelo projeto Escola da Família.

O anúncio sobre a necessidade de realizar aulas aos sábados foi feito no último dia 31 pelo governo do Estado. A medida atinge 16 escolas de três cidades da região: Santo André, Diadema e Mauá. Todas têm turmas nos três períodos e o governo diz que reduziram a carga horária das aulas de 60 para 50 minutos para acomodar os três turnos. A estimativa é de que 20 mil alunos sejam atingidos na região.

O sindicato, que representa 136 mil professores da rede pública, quer que o governo altere o artigo da lei complementar 836 que estebelece em 60 minutos o tempo de aula. Para a Apeoesp, o período deve ser de 50 minutos (o que já é praticado extra-oficialmente por parte da rede). Com isso, a carga horária anual mínima seria reduzida e as escolas não seriam mais obrigadas a estender a semana letiva até o sábado.

O sindicato também questiona sobre a forma como os professores serão pagos. O Estado não teria se pronunciado de forma clara sobre o assunto. “Só disseram que não será como hora extra”, afirmou Rita Cardoso, da diretoria da Apeoesp.

A entidade realiza nesta segunda-feira manifestação em frente da Secretaria de Estado da Educação, na praça da República, Centro de São Paulo, para pressionar o governo a recuar.

O CPP (Centro do Professorado Paulista), outra entidade de classe, também divulgou uma nota de repúdio contra a adoção de aulas aos sábados. Segundo o governo do Estado, 159 escolas da Região Metropolitana serão obrigadas a cumprir a resolução da semana passada.




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