O São Paulo começa a se adaptar à nova realidade. Depois de disputar as últimas sete edições da Copa Libertadores, o clube faz as contas para calcular o prejuízo de ficar ausente da principal competição sul-americana. O fraco desempenho no Brasileirão exige economia de, pelo menos, R$ 30 milhões no orçamento.

As contas foram feitas pelo diretor financeiro Osvaldo Vieira de Abreu. Ele levou em conta a ausência das atrativas verbas provenientes das cotas e bilheterias do torneio. "É uma estimativa. Na Libertadores de 2010, somando cotas dos jogos, publicidade e bilheteria, o clube arrecadou R$ 14,8 milhões. A eliminação na semi para o Internacional fez com o que deixássemos de arrecadar cerca de R$ 14 milhões, incluindo bilheteria da decisão, premiação e a cota de participação no Mundial de Clubes da Fifa", explicou o dirigente.

Para cobrir o rombo, os dirigentes prometem plano de marketing para valorizar a Copa do Brasil. "É o único título que nos falta. Tenho certeza de que vamos mexer com nosso torcedor para conseguir grandes bilheterias. Além disso, estaremos em lugares que há tempo não visitamos e vamos transformar os jogos em eventos locais. Teremos lojas itinerantes e outras ações grandiosas", revelou o vice-presidente de futebol Julio Casares.

Enquanto isso, em campo, o técnico Paulo César Carpegiani prepara o time para o duelo de domingo, contra o Atlético-GO, no Serra Dourada. Os atacantes Fernandinho e Ricardo Oliveira treinaram ontem e devem jogar; já Miranda e Rodrigo Souto foram vetados.