Política Titulo Contra violência
Pela primeira vez, Pinheiro sai em defesa do governo federal
Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
08/11/2012 | 06:19
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O prefeito eleito de São Caetano, vereador Paulo Pinheiro (PMDB), se posicionou favorável ao governo federal na polêmica sobre ajuda de Brasília no confronto da Polícia Militar de São Paulo com facções criminosas. Esse é o primeiro posicionamento contrário ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), aliado do prefeito José Auricchio Júnior (PTB), a quem o peemedebista era ligado.

As duas esferas se envolveram em polêmica na semana passada depois que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ofereceu ajuda da Força Nacional a São Paulo no confronto. O secretário da Segurança, Antônio Ferreira Pinto, rechaçou a oferta e disse que não havia nada que a União pudesse beneficiar que o Estado não tivesse. Posteriormente, chegaram a consenso e farão ação conjunta contra o crime.

"Sou a favor de tudo que for para melhorar a Segurança. Quanto mais ajuda, melhor. O Estado deve aceitar (ajuda federal) e incentivar essas parcerias", defendeu Pinheiro.

O prefeito eleito, mesmo a favor da presidente Dilma Rousseff (PT), quer cobrar parcerias com Alckmin e com a União para acabar com a "sensação de insegurança" em São Caetano. Para resolver o problemas, o peemedebista acredita que as ações devem ser feitas de maneira regional. "Vamos cobrar por meio do Consórcio (Intermunicipal do Grande ABC), de maneira coletiva. Esse confronto já chegou na região."

Pinheiro disse que vai se reunir com o vice-presidente da República, Michel Temer, seu correligionário, para pedir recursos financeiros para equipar e melhorar a Segurança na cidade. Além disso, quer combinar operações com a Polícia Militar, Polícia Civil e GCM (Guarda Civil Municipal) e ter bom relacionamento com a gestão estadual. "Essa será a primeira resposta do nosso governo para a população."

A guerra entre a Polícia Militar e organizações criminosas matou 90 policiais neste ano. Anteontem, Alckmin, Cardozo e Ferreira Pinto anunciaram a criação de agência integrada de inteligência. A intenção é asfixiar financeiramente o crime organizado. Além do trabalho conjunto, União e Estado acertaram a transferência de presos envolvidos no assassinatos de policiais para prisões nacionais de segurança máxima.

 

 




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