A palavra foi usada em referência ao fato, segundo Marinho, do empresariado cobrar a redução dos juros do governo mas, paralelamente, deixar “seu dinheiro aplicado em títulos do governo”. “Tem empresários que reclamam dos juros, mas compram títulos do governo. Se reduzir a taxa vão manter o dinheiro aqui ou correr para outros mercados mais favoráveis?”, indagou ele.

Como exemplo de outra hipocrisia, Marinho citou os bancos e o comércio. “O juro do mundo real não é de 26,5% ao ano, é mais de 100%. É preciso discutir o assunto com os banqueiros e os empresários para reduzir o juro e não apenas a Selic”, disse Marinho.

Na terça-feira, durante evento da CUT, Marinho já havia dito que o Banco Central já “tem condições técnicas para baixar os juros e iniciar a fase dois da economia”, ou seja, fomentar o crescimento econômico. “Para a CUT, esse tempo já chegou, aliás, já está passando. Acho que a decisão tem quer o mais rápido possível e já tardia", afirmou sobre o rebaixamento dos juros.