É só a professora falar em trabalho em grupo para parte da turma esquentar a cuca. O motivo? Muitos alunos não conseguem se organizar direito. Por isso, rolam briguinhas, bagunça na divisão de tarefas, entre outros problemas. Já passou por algo semelhante? Então, está na hora de aprender a se organizar.

Luiza Utikava, 10 anos, e as amigas Beatriz Aisemberg, 10, e Isabela Velasco, 9, são feras no assunto. Segundos as alunas do Colégio Stocco, em Santo André, assim que souber o tema da atividade, tem de separar as funções e determinar os prazos para produzir e entregar a lição.

"A gente vê o que tem para fazer e cada um fala com o que gostaria de ficar", afirma Isabela. Desse modo, a distribuição de afazeres será justa, evitando reclamações. "Do mesmo jeito que existe o preguiçoso tem quem queira fazer tudo porque não confia nos outros", diz Luiza.

O momento da pesquisa exige cuidado. "Para acabar rápido, muita gente copia coisas da internet", explica Beatriz. Para a menina, tem de seguir a recomendação da professora: ler o conteúdo e escrever o que entendeu com as próprias palavras. "É difícil, mas aprendemos mais."

Luiza verifica as informações em pelo menos três sites. Isabela já encontrou coisa errada na net. Se ficar em dúvida sobre o conteúdo de alguma página da web, peça a opinião de um adulto.

Mesmo com tanta tecnologia disponível, não se pode esquecer da biblioteca, importante local para pesquisa. Os livros ajudam a complementar a lição e checar os dados encontrados nos sites.

Com o material em mãos é hora de montar o trabalho. O grupo pode se reunir na casa de um colega ou na própria escola (se for permitido). Caso tenha apresentação na frente da sala, o ideal é que todos falem um pouquinho, isso ajuda a superar a vergonha.

Aprendendo a respeitar as diferenças

Além de saber mais sobre o tema da pesquisa, a gente aprende muitas outras coisas ao fazer trabalho em grupo. E, acredite, todos os ensinamentos também vão ajudá-lo no futuro.

Desentendimentos são comuns no momento de dividir funções, escrever, montar cartaz ou maquete. No entanto, é fundamental escutar a opinião dos colegas. Desse modo, descobrimos a importância de respeitar as diferenças. "Nem sempre a gente está certo. Gosto de saber as opiniões dos meus amigos", afirma Beatriz Aisemberg, 10 anos.

Há quem não fique satisfeito quando a professora escolhe o grupo, separando-o da sua turminha. Mas trabalhar com colegas diferentes é boa oportunidade para fazer novas amizades. E tem mais: cada integrante possui habilidades com as quais os outros podem aprender.

A dica é tentar resolver as diferenças e problemas entre a equipe. Se mesmo depois da conversa vocês não chegarem a um acordo, então será necessário pedir ajuda para a professora.

Confira dicas para trabalhar em equipe

No momento da divisão de tarefas, cada integrante deve dizer o que gostaria de fazer. Caso dois colegas queiram a mesma função, basta conversar e chegar a um acordo.

Para manter tudo organizado, coloque no papel as etapas necessárias para desenvolver o trabalho, dias de encontros (se forem necessários) e prazos que cada amigo terá para entregar a sua parte.

Todos devem pesquisar o tema do trabalho. Desse modo, o grupo inteiro fica por dentro do assunto.

Se notar que um colega não está fazendo o combinado, converse e ofereça ajuda. Ele pode estar com dificuldade.

Dá para usar e-mail e redes sociais para troar ideias sobre a atividade. Mas na hora de finalizá-la, reúna a turma. Fica mais fácil opinar sobre a montagem do texto, cartaz ou maquete. Vocês também podem ensaiar a apresentação.

Consultoria da psicopedagoga Sandreilane Cano