Sem pretensões na Série B do Campeonato Brasileiro, o São Caetano, que não briga mais pelo acesso, garante levar a sério o confronto com o América-MG, às 21h de hoje, no Anacleto Campanella. O jogo interessa aos mineiros, que ocupam a quarta posição com 58 pontos e precisam de bom resultado para ampliar a distância em relação à Portuguesa, que vem logo atrás, com 56.

O técnico Toninho Cecílio diz que o time atuará por si próprio para terminar em uma posição melhor no torneio. "Vamos jogar com a mesma seriedade de outras partidas. Exijo isso do meu time. Espero uma apresentação digna deles. Acho que não preciso dizer nada em termos de motivação, porque sei que são profissionais sérios", destaca.

O treinador admite que, por não ter mais objetivo a ser perseguido na competição, o São Caetano deve jogar menos pressionado pelo resultado. "A tendência é que atue mais leve, porém com responsabilidade."

Sobre o adversário, que tem oscilado nos últimos jogos e precisa dos três pontos para manter-se entre os quatro primeiros, afirma esperar um time cauteloso. "Vão fazer um jogo calculado. Não devem se abrir, mesmo precisando do resultado."

O São Caetano não terá o lateral-direito Artur, suspenso pela expulsão na derrota (1 a 0) para o Paraná, na terça-feira, mas conta com o retorno da zaga titular, com Marcelo Batatais e Anderson Marques. A dupla cumpriu suspensão no Estádio Durival de Brito, no Sul.

Apesar da pouca importância da partida para o Azulão, Cecílio garante que não vai escalar o time reserva. "Voltam os zagueiros (Batatais e Anderson Marques) e a única mudança é o Patrick no lugar do Artur. Para este jogo vou manter basicamente o time que vem jogando."

O América-MG não terá o goleiro Flávio e o volante Leandro Ferreira, suspensos. França deve assumir a vaga no gol. Nando e Luís Ricardo brigam pela vaga no meio-campo.

Luiz desabafa e se diz cansado da Série B

Desapontado. Assim se definiu Luiz com mais um fracasso do São Caetano na briga pelo acesso na Série B do Brasileiro. Jogador com mais tempo de casa - completa nove anos em junho de 2011 -, o goleiro rasgou o verbo ontem após o tradicional rachão que antecede as partidas.

"Estou um pouco cansado de lutar e não conseguir (o acesso à elite). Já é o quarto ano seguido. Já passaram vários (jogadores) por aqui ao longo desses anos sem o menor respeito à camisa do clube", desabafou o atleta.

O São Caetano caiu para a Série B em 2006, após ter vivido início de década de glórias. Foi vice da João Havelange em 2000, vice do Brasileiro no ano seguinte e da Libertadores em 2002, e campeão paulista em 2004.

Ao dizer não acreditar que nos três jogos restantes a equipe vá relaxar em campo, Luiz voltou à carga. "Acredito que não porque é a nossa imagem que conta. É preciso responsabilidade. Teve, sim, quem acabou se acomodando, mas é preciso que quem está e pensa em ficar se dedique um pouco mais", afirmou o goleiro.

Luiz tem contrato com o São Caetano até dezembro de 2011.