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Um ano depois, assassinato de irmãos segue sem solução

O ex-dirigente Luiz de Paula, o Batata, e Adílson de Paula foram mortos em 2011

Rafael Ribeiro
do Diário do Grande ABC
22/06/2012 | 07:00
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Passado um ano do assassinato do ex-dirigente do São Caetano, Luiz de Paula, o Batata, 54 anos, e de seu irmão Adílson de Paula, 47, a Polícia Civil não tem pistas de quem foi o autor dos dois disparos à queima-roupa na região torácica.

O crime aconteceu na tarde de 21 de junho do ano passado. Luiz e seu irmão, chamado de Batatinha, iam buscar o Civic blindado do dirigente em um Palio preto do clube e, na região da Vila Alpina, na Zona Leste da Capital, foram alvo de um motoqueiro e seu garupa. A mesma bala do revólver calibre 38 atingiu os dois irmãos.

A informação de que eram dois suspeitos foi o único avanço nas investigações do DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), que assumiu a apuração do caso. Cinco testemunhas foram ouvidas. Baseado em seus relatos, a polícia acredita se tratar de uma briga de trânsito. Nada foi roubado. Nas imagens das câmeras de vigilância do local, o garupa aparece abrindo a porta do passageiro do carro e efetuando os disparos. A dupla foge logo em seguida, na contramão.

"A gente acha que a investigação está deixando a desejar. Sempre vamos até a polícia e nos dizem que mudou a equipe de investigação, mas nunca tem novidade", desabafou o cunhado de Batata, o microempresário Rubens Carvalho, 48.

A polícia justifica que o motoqueiro e o acompanhante não tiraram o capacete e estavam vestidos com calças e jaquetas pretas, o que dificulta o reconhecimento. Testemunhas e imagens não registraram a placa da moto. A hipótese de execução não foi totalmente descartada. A promessa é que as investigações continuarão.

Ainda chocada pelo crime, a família faz questão de manter a memória dos irmãos viva. Uma missa de um ano pela morte foi realizada na noite de ontem na Paróquia Nossa Senhora da Candelária, no bairro Cerâmica, em São Caetano. Os filhos optaram em não falar sobre o assunto. "Acompanhei tudo o que aconteceu de perto e ainda não me sinto bem para falar disso", apontou um deles ao Diário.

Funcionários do São Caetano, clube onde atuou como dirigente por cerca de dez anos, fizeram uma pequena homenagem. "Todos se lembraram dele. Estamos tristes até hoje", disse o presidente Nairo Ferreira de Souza. "Foi uma perda muito grande. Mas vamos fazer o quê? Tem que levantar a cabeça e esperar que as coisas caminhem. A vida tem que seguir para nós e a família dele."




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