O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), iniciou na manhã de sábado as obras de recuperação de um trecho da avenida Engenheiro Olavo Alaysio de Lima, no Parque das Nações, que cedeu e escorregou para o leito do córrego que passa pela via após chuva intensa na tarde de sexta-feira. Segundo moradores, o córrego sempre transborda com as chuvas e as casas são invadidas pelas águas. Sexta-feira não foi diferente e o asfalto não teria aguentado a pressão da água.

“Moro aqui há 13 anos e sempre houve problemas com enchentes, mas nunca o asfalto rachou como ontem (sexta-feira). Ainda bem que eles vieram rápido, pois dá até medo”, afirmou a cozinheira Regina dos Santos Silva, 40 anos.

A Defesa Civil do município interditou a área, cerca de 300 metros entre as ruas Alemanha e Japão, e na manhã de sábado os operários do Semasa começaram a escavar o trecho. A reportagem do Diário procurou os responsáveis pela obra e a assessoria de imprensa do Semasa para saber quais procedimentos serão feitos no local e até quando as obras devem continuar, mas não conseguiu contato.

O fluxo de carros foi desviado para a rua Columbia, paralela a avenida onde houve o deslizamento, o que deixou o trânsito lento na região. A linha de ônibus local, a I-06, que vai de Utinga até o bairro Bom Pastor, foi desviada para a rua Alemanha.

Mais problemas – A chuva do fim da tarde de sexta-feira também provocou transtorno em outro bairro de Santo André. A avenida das Nações, no Parque Novo Oratório, voltou a sofrer com o transbordamento do córrego Guaixaia, mesmo após a obra antienchente que ergueu a ponte da rua Basiléia, concluída em abril deste ano. Um trecho da avenida, no sentido Centro, ficou alagado, enquanto o outro lado não apresentou problemas. A água suja invadiu o comércio e impediu o tráfego de carros.

“A água da chuva escoa toda para esse lado, porque o novo desenho da avenida criou uma vala nesse sentido”, explica o comerciante Wilson Barizon, que mantém um estabelecimento na esquina da avenida com a rua Estônia há seis anos. A reportagem procurou a assessoria de imprensa do Semasa mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.