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Curto-circuito pode ser causa de incêndio em presídio no Chile
Das Agências
22/05/2001 | 13:20
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O ministro chileno da Justiça, José Antonio Gómez, informou que a causa do incêndio, que matou 26 presos na penitenciária de Iquique nesta segunda-feira, pode ter sido um curto-circuito na instalação elétrica. Mais de 100 detentos foram internados.

Os agentes penitenciários informaram, porém, que o fogo surgiu num dos pavilhões do presídio, depois de uma tentativa de rebelião. Já os familiares desmentiram essa versão, garantindo que o fogo começou por causa de uma falha nas instalações elétricas.

"Eles dizem que foi um acidente elétrico", confirmou o ministro, depois de se reunir com os presos.

Outra versão é de que os presos teriam feito uma fogueira com cobertores e outros objetos num dos pavilhões para protestar contra a morte de uma das detentas, Jeanette Soto Grez, 24 anos, transferida para a prisão de Arica, na fronteira com o Peru.

A jovem, que queimou o próprio corpo no pátio do presídio, agonizou durante quatro semanas e morreu na última sexta-feira no hospital Juan Noeé de Arica, 1.650 km ao norte da capital chilena.

O ministro Gómez descartou o boato de um princípio de rebelião. "Não foi uma rebelião contra o sistema penitenciário", disse Gómez, embora tenha admitido que o presídio de Iquique, com capacidade para 900 detentos, abriga mais de 1.700 pessoas.

Dentro do presídio, os presos começaram a protestar, quando foram retirados de suas celas, por causa do risco de o fogo atingir outros pavilhões. Os agentes reagiram com granadas de gás lacrimogêneo, gerando confrontos, e sete vigilantes foram feridos.

Em Santiago, o presidente chileno, Ricardo Lagos, foi informado da tragédia durante a madrugada e enviou o ministro da Justiça imediatamente para o local.

O presídio de Iquique, 1.500 km ao norte de Santiago, é uma construção de concreto inaugurada há 18 anos, onde a maioria dos detentos cumpre pena por tráfico de cocaína, proveniente das plantações da Bolívia e Peru.




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