Desde que foi definida a classificação santista à final do Campeonato Paulista, o presidente do clube, Luis Álvaro de Oliveira, revelou o desejo de jogar os dois jogos, ou pelo menos o último, no Estádio do Morumbi ou no Pacaembu. Ontem, com a escolha pela segunda opção, os dirigentes do Peixe comemoraram poder se beneficiar da renda provida pela decisão contra o Santo André.

"A decisão de jogar no Pacaembu é justa com a grande torcida do Santos da Capital e do Interior, ser brindada com esse espetáculo. Assim como todo santista, eu também gostaria que o jogo fosse na Vila, mas os jogadores também gostam de ter o salário em dia e não podemos desprezar essa renda", comentou o consultor de futebol do Peixe, Fernando Silva, ontem, após o Conselho Arbitral na sede da FPF (Federação Paulista de Futebol). "Precisamos dessa arrecadação para cumprir com nossos compromissos", completou o dirigente.

Com os ingressos variando entre R$ 40 e R$ 120, e a possibilidade de lotar o Pacaembu nos dois jogos, a expectativa do Peixe é embolsar cerca de R$ 1 milhão por jogo, tendo em vista que a renda dos confrontos será dividida com o Santo André, conforme o acertado na reunião de ontem.

DISCÓRDIA - Se a diretoria gostou da decisão em jogar no Pacaembu, o time foi contra. O meia Paulo Henrique Ganso, por exemplo, criticou a escolha. "Prefiro jogar na Vila. Pelo campo, que tem excelente qualidade, e pela torcida, que dispensa comentários: faz uma pressão muito grande. Infelizmente, houve essa decisão de jogar no Pacaembu. Temos de acatar", comentou o jogador.

Ganso seria julgado ontem no TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) pela cotovelada em Dagoberto, no primeiro jogo da semifinal contra o São Paulo, mas o julgamento foi adiado e o meia está livre para enfrentar o Santo André, domingo. Denunciado no artigo 254-A do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) - praticar agressão física -, o jogador poderá pegar de quatro a 12 jogos de suspensão. "Estou despreocupado, pois não houve maldade nenhuma no lance."