Política Titulo São Caetano
Atuação transcende gerações, relata Caio Salgado

Terceiro da família a alcançar vaga mantém trabalho na Apae e projeta inovação

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
14/01/2021 | 20:56
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Claudinei Plaza/DGABC


Eleito vereador pelo PL ao primeiro mandato em São Caetano, Caio Salgado considera que o resultado das urnas corresponde à conjunção da trajetória da família na cidade, que já somava dez legislaturas na política desde Oswaldo a Jorge Salgado, aliada a seu trabalho particular, como advogado, inclusive, na diretoria da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) – atividade que notabilizou os integrantes do clã. Ele registrou 1.445 votos no pleito, 11º mais lembrado pelos eleitores.

“Sempre houve comprometimento com o trabalho social. Essa atuação transcende gerações, de pai para filho, cada um ocupando seu espaço e no seu momento”, disse.

Comerciante, vice-presidente da Apae e considerado um dos mais influentes políticos de São Caetano, Oswaldo, morto em 2001, computou seis legislaturas. Foram 24 anos na Câmara, entre os anos 1960 e 1980, fiel escudeiro do triprefeito Walter Braido. Tentou ser sucessor do grupo, só que foi preterido por Luiz Olinto Tortorello em 1988. Jorge, hoje secretário municipal de Segurança, acumulou quatro mandatos. Na sequência, foi candidato a vice no projeto de reeleição do então prefeito Paulo Pinheiro (DEM), em 2016, e abriu caminho para Caio, que em sua estreia obteve 1.411 sufrágios, ainda pelo PTB. A chapa coligada, contudo, não atingiu quociente eleitoral.

“Já poderia ter obtido êxito na primeira (eleição), só que problema de coligação (com o SD) me atrapalhou. Continuei trabalho e pude garantir vaga desta vez. (Saldo) É reconhecimento do trabalho da família, todo um legado deixado pelo meu avô e depois pelo meu pai. Admito, exalto o nome e tenho orgulho disso, até mesmo diante do quadro atual de desgaste da política. Ligado a isso, busquei construir a minha trajetória, próprio negócio, escritório de advocacia, 20 anos na diretoria da Apae, agregar esforços a essa atuação. É uma somatória. Não dá para ficar apenas na sequência da família. Acho que essa foi fórmula de sucesso”, avaliou Caio, 38 anos.

O liberal é a terceira geração do clã a assegurar cargo eletivo em São Caetano. “Transferência de votos, ainda mais para vereador, não é tão simples, apesar da ótima aceitação e inserção na cidade. Do Oswaldo para o Jorge já houve olhar diferenciado, novas ideias, outro perfil. Isso, de certa forma, também aconteceu comigo. Busco imprimir meu estilo, e sempre tive liberdade para essa condução, com independência, visando inovar”, reafirmou Caio, ao acrescentar que a principal bandeira é a da inclusão.

Sobre o imbróglio judicial envolvendo o ex-prefeito José Auricchio Júnior (PSDB), mais votado na eleição de novembro, Caio ponderou que, independentemente do processo em curso, “é notório que Auricchio fez bom trabalho”. “Isso foi reconhecido nas urnas. Entendo que é prefeito capacitado. São Caetano poderia continuar seguindo esse caminho.” 




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