"Estão dispostos a perturbar a eleição", disse Powell numa entrevista à rede de televisão americana ABC, lembrando que em breve o país vai escolher seus futuros dirigentes. "Por estar piorando, teremos que aumentar nossos esforços para derrotá-la", acrescentou.

Powell reconheceu também que pode haver dificuldades para organizar as eleições no Iraque, previstas para janeiro, em todo o território devido à violência. "Não podemos dizer que não haverá ataques contra as seções eleitorais ou que não haverá locais onde será difícil votar", disse Powell.

O secretário acrescentou que o objetivo de Washington e do governo interino iraquiano é que as eleições sejam realizadas em todo o território, acrescentando que "é prematuro estimar que não poderemos ter eleições totais e livres em todo o país".

Os comentários de Powell contrastaram com a visão otimista de crescente estabilidade no Iraque apresentada pelo primeiro-ministro do país, Iyad Allawi, em sua visita aos Estados Unidos na semana passada, quando discursou para o Congresso e se reuniu com o presidente George W. Bush. Apesar de reconhecer o aumento da violência no Iraque, Allawi prometeu na última quinta-feira que as eleições aconteceriam em janeiro, como o planeado, e insistiu: "pese dos reveses, estamos tendo sucesso no Iraque".