Em poucos minutos de entrevista, o estudante esclareceu que quando foi informado que algo ocorrera na casa de seu pai tinha acabado de acordar, e ficou abalado. "Demorei uma semana para aceitar o que tinha acontecido. Estava abalado." Sua frieza diante do fato levou a polícia a desconfiar dele.

Gil Rugai voltou a explicar o que fez, passo-a-passo, no dia do crime, e acredita que alguém deve ter visto ele quando tentou entrar no cinema lotado — outra falha em seu álibi que serviu de peça de acusação — e negou que já tenha tido uma arma. "Fiz curso de tiro, mas nunca tive uma arma. Meu sócio inventou uma série de acusações, disse que eu tinha uma arma, que era traficante...não sei por que ele mentiu."

Questionado sobre sua aparente frieza, o estudante disse que aprendeu isso com seu pai e avô, e desabafou: "Acho um absurdo ter que provar que sou inocente."

Na próxima sexta, ele presta depoimento diante do tribunal, em São Paulo.