A Câmara de São Bernardo aprovou projeto do governo do prefeito Orlando Morando (PSDB) que prevê parcelamento da débitos inscritos na dívida ativa da Faculdade de Direito de São Bernardo. A matéria recebeu 25 votos favoráveis e nenhum contrário.

A medida busca incentivar alunos a realizar pagamento de dívida à vista ou quitação dividida em até oito vezes, com redução de multa e dos juros. Com dívida ativa na ordem de R$ 22,7 milhões, o Executivo pretende resgatar algo em torno de 3% do total, equivalente a R$ 572 mil. Calcula-se que 81,83% da dívida, ou seja, R$ 19 milhões, não possam mais ser resgatadas.

Para o líder do governo na casa, Pery Cartola (PSDB), o projeto visa beneficiar alunos que não conseguiram pegar o diploma e aqueles que tiveram que trancar o curso por atravessarem algum período de dificuldade financeira. “Isso não estimula o mau pagamento. (O projeto) Fomenta o pagamento da dívida e dá oportunidade aos alunos com pendência financeira”, declarou.

Pery também alegou que, com a verba arrecadada pelo projeto, a Faculdade de Direito poderá realizar reparos e custear a manutenção do prédio, oferecendo melhorias aos alunos que estudam na entidade.

Para o vereador oposicionista Julinho Fuzari (Cidadania), a proposta poderia estimular o “mau pagador”, o que não resolveria o problema da dívida na faculdade. Ele, porém, votou a favor do texto.

O projeto destaca que, conforme pesquisa realizada pela instituição em 2017, 46% dos alunos que trancaram ou cancelaram suas matrículas alegaram dificuldade financeira como motivo determinante.