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Sindicatos querem mais empregos
Do Diário do Grande ABC
18/12/2004 | 14:38
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Os anúncios simultâneos de investimentos da Volks e da Ford e a sinalização de incentivos do Estado ao setor produtivo repercutiram de maneira positiva entre os sindicalistas. Na opinião do presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Luiz Marinho, o governo do Estado sempre foi apático, sobretudo no período da guerra fiscal. "A possibilidade de transformação dos créditos do ICMS em investimentos é bem-vinda, mas não posso deixar de falar que o governo do Estado sempre foi fraco e agora dá sinais de que pretende recuperar o espaço que perdeu para outras regiões", comentou.

Marinho enfatizou que, no caso da Volks e da Ford, será necessário que o Estado promova a continuidade dos incentivos a fim de fazer das exportações uma fonte de faturamento. Para o dirigente, a geração de empregos e a recuperação da economia está diretamente relacionado ao comércio exterior.

Já o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijóo, lembrou que a entidade já negocia com a Ford a produção deste novo veículo no Grande ABC há muito tempo. "O recurso do ICMS ajudará nessa luta para que a fábrica tenha um produto de permanência. Antes de pensarmos na criação de novos postos de trabalho, queremos a manutenção dos 3 mil empregos, uma vez que o Ka não resistirá muitos anos mais."

Segundo Feijóo, a abertura de novos empregos na região poderá vir da aumento de produção das autopeças para alimentar essa nova linha, bem como da possível instalação de novas autopeças em galpões inativos dentro da própria unidade da Ford, em São Bernardo. "A possível vinda da produção do novo compacto da Ford para o Grande ABC é uma resposta àqueles que criticam a ação sindical. Hoje, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC mostra-se um grande negociador, preocupado com a manutenção e geração de empregos."

Em relação ao anúncio da Volks, o presidente do sindicato disse que o vê com bons olhos, mas garante que a fabricação do Fox Europa não pode ser encarada apenas como prerrogativa de manutenção dos postos de trabalho. "Ficamos extremamente satisfeitos com a decisão. Mas, embora nossa preocupação até agora tenha sido com o fim dos cortes de mão-de-obra, caso a exportação do Fox se consolide temos de começar a pensar na recuperação dos empregos extintos ao longo dos últimos anos", avalia. "O início das atividades vai facilitar e ampliar as possibilidades de novos acordos."




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