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Dificuldade financeira causa apreensão na Agência

Vice-presidente, Bassi admite possibilidade de fechar; Paulo Serra banca entidade para 2018

Raphael Rocha
do Diário do Grande ABC
29/11/2017 | 07:00
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A situação financeira da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC tem causado apreensão entre os associados, a ponto de o vice-presidente da entidade e reitor da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), Marcos Bassi, admitir a possibilidade de fechamento da organização. Por outro lado, o prefeito de Santo André e presidente da Agência, Paulo Serra (PSDB), assegura que o bloco continuará ativo.

Na segunda-feira houve reunião dos conselheiros da Agência na qual o quadro financeiro da entidade foi debatido. Estima-se que haja dívida na ordem de R$ 1 milhão, entre pessoal, impostos atrasados e fornecedores. No encontro foi deliberada a convocação de outra reunião, com Paulo Serra, para discutir o futuro.

Ao Diário, Bassi reconheceu os problemas e cogitou até renunciar ao cargo de vice-presidente da Agência. “Do jeito que está, vai fechar. Há dívida, que cresce, e não vemos ação efetiva. Apenas Mauá pagou repasse regular à Agência. Adiantamos as cotas das entidades e sindicatos filiados. USCS, Unip, Instituto Mauá de Tecnologia, por exemplo, já anteciparam todo repasse desse ano”, relatou. “Precisamos saber qual o caminho, se ficar aberta a Agência ou se fecha. Do jeito que está, a Agência morre aos poucos. E eu vou esperar até semana que vem. Se a coisa não andar, eu vou renunciar ao meu cargo.”

Os problemas financeiros da Agência se avolumaram quando, no começo do ano, o Consórcio Intermunicipal interrompeu os repasses diretos à instituição de fomento econômico da região após o TCE (Tribunal de Contas do Estado) indicar irregularidades nesse tipo de transição. A saída foi firmar convênios diretos entre Agência e prefeituras do Grande ABC, mas nem todas ainda concluíram esse trâmite burocrático, que envolve autorização dos Legislativos.

Paulo Serra admitiu que o momento é difícil na Agência, mas assegurou que seu plano é manter a entidade viva. “É mais uma herança de um modelo de gestão que só causou danos ao País (em referência ao PT). Encontramos a Agência respirando por aparelhos. Quando assumi como presidente, ela estava na UTI. Vamos trabalhar bastante para que no próximo ano possamos levá-la ao quarto”, comparou. “Há esforço hercúleo para manter a Agência, que sofreu com essa mudança do repasse e com as dificuldades financeiras que as prefeituras enfrentam, como Santo André.”

O chefe do Executivo disse que “nos mais tardar” na próxima semana vai se reunir com Bassi para debater o futuro da Agência. “Infelizmente as coisas não andam como a gente gostaria que andasse, mas vamos nos esforçar.” 




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