Apática, equipe não suportou pressão dos argentinos
e acabou derrotada por 1 a 0 ontem, em La Bombonera
Na revanche da decisão da Copa Libertadores da América de 2012, o Boca Juniors saiu na frente. O time argentino venceu o Corinthians por 1 a 0, ontem à noite, em La Bombonera (Argentina) e agora joga pelo empate na partida marcada para o dia 15, no Pacaembu, para avançar às quartas de final do torneio sul-americano.
Empurrado pela fanática torcida, o Boca pressionou o Corinthians desde o início. E teve a primeira boa chance de marcar aos nove minutos. Após boa troca de passes, Erviti bateu colocado e assustou Cássio. Aos poucos, o time brasileiro passou a se soltar em campo. O Timão tentava no toque de bola envolver o adversário, mas as oportunidades de gol não surgiam. Porém, o que mais se via em campo era confusão. Todas as divididas eram cheias de polêmica e sempre sobrava um pé a mais na jogada, tanto do lado dos brasileiros quanto dos argentinos.
O árbitro Enrique Osses até que tentava manter o controle da partida. Em vão. Os ânimos, bastante acirrados, davam o tom da partida, que teve apenas outra boa chance de gol para o lado do Boca, aos 35, quando Burdisso cabeceou e a bola passou perto.
O segundo tempo começou com os donos da casa mantendo a posse de bola e buscando encontrar espaços para marcar. E após tanto insistir, o Boca abriu o placar aos 13. Erbes bateu cruzado e Blandi apenas desviou para tirar Cássio da jogada e fazer o gol.
A desvantagem fez com que o Corinthians, enfim, acordasse em campo. O time apertou a marcação e passou a criar algumas oportunidades de gol. A primeira foi com Romarinho, aos 18, mas Orion fez grande defesa. Depois, aos 24, o mesmo Romarinho tocou para Guerrero, que encheu o pé e acertou a trave.
O Timão partiu para o tudo ou nada nos minutos finais. Mas esbarrou em equipe bem postava na defesa, que ainda conseguia assustar nos contra-ataques. Assim, o resultado de 1 a 0 ficou de bom tamanho para o Corinthians e também para os donos da casa.
Gobbi anuncia vitória no contrato com a Caixa
O imbróglio envolvendo o Corinthians e seu patrocinador, a Caixa Econômica Federal, está perto de um final feliz. O Ministério Público Federal colocou-se a favor do contrato entre clube e empresa e considerou que o patrocínio não é lesivo ao banco.
A instituição teve retorno equivalente a pouco mais de R$ 23 milhões nos primeiros 43 dias de patrocínio. “Esse caso é simples. Houve uma ação, e tivemos o dinheiro referente ao patrocínio suspenso. Entramos com recurso, e o Ministério Público Federal optou pela legalidade do patrocínio. Nos próximos dias deveremos ter isso liberado”, afirma o presidente do Timão, Mário Gobbi.
O acordo fechado entre Corinthians e Caixa está em torno de R$ 30 milhões por ano. Desde que advogado gaúcho entrou com ação considerando o contrato irregular, o clube deixou de receber aproximadamente R$ 2,5 milhões. (das Agências)
Menor confirma versão sobre o disparo de sinalizador
O depoimento de quase três horas que o adolescente de 17 anos – que confessou ser o autor do disparo do sinalizador que matou Kevin Douglas Beltrán Espada, 14 anos – deu ontem ao promotor boliviano Alfredo Canaviri Santos no Consulado da Bolívia, na Avenida Paulista, pode ser decisivo para que os 12 corintianos presos em Oruro desde o dia 20 de fevereiro consigam ao menos a liberdade provisória enquanto durarem as investigações.
Detalhes do conteúdo do depoimento não estão disponíveis porque o Estatuto da Criança e do Adolescente proíbe a divulgação de imagens, nomes, depoimentos e provas contra menores de 18 anos. Mas quem o acompanhou disse que o promotor saiu satisfeito. “Ele foi bastante esclarecedor, transmitindo confiança às autoridades bolivianas”, disse o advogado Ricardo Cabral, que representa o menor.
O adolescente afirmou que não sabia que o artefato comprado de ambulante na região da Rua 25 de Março (Centro de São Paulo) era explosivo – as perícias ainda não confirmaram que foi esse artefato que matou Kevin, que estava a cerca de 100 m de distância da torcida do Corinthians no Estádio Jesús Bermúdez.
LIBERAÇÃO
A vinda do promotor ao Brasil foi definida depois que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se reuniu com autoridades bolivianas em Sucre. Como o depoimento foi dado no Consulado da Bolívia, na prática ele foi prestado em território boliviano. É como se o menor tivesse ido ao país para prestar esclarecimentos.
A expectativa é de que o depoimento contribua para que os torcedores sejam soltos até o fim das investigações. A defesa tenta que cinco sejam liberados já nos próximos dias sob a alegação de que não estavam dentro do estádio no momento do disparo. São eles: Tadeu Macedo Andrade, Rafael Machado Castilho Araújo, Tiago Aurélio dos Santos Ferreira, Reginaldo Coelho e Marco Aurélio Nefeire.
A torcida uniformizada Gaviões da Fiel já adquiriu um imóvel em Cochabamba, distante 230 quilômetros de Oruro, para que os corintianos acompanhem o processo em liberdade. (das Agências)
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