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Mais de 74% dos argentinos aceitaria nacionalização do petróleo no país
Da AFP
07/05/2006 | 15:32
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Uma ampla maioria de 74% estaria de acordo ou muito de acordo se o presidente argentino Néstor Kirchner nacionalizasse os hidrocarbonetos, seguindo os passos do boliviano Evo Morales, segundo uma pesquisa publicada neste domingo pelo jornal Página 12.

Além disso, a decisão de Morales, o primeiro presidente indígena da Bolívia, recebeu o apoio de quase 70% dos 1,1 mil argentinos maiores de 18 anos entrevistados nesta semana pela consultora OPSM, dirigida por Enrique Zuleta Puceiro, em centros urbanos de todo o país.

A Argentina perdeu a propriedade de seus hidrocarbonetos na década de 90, durante as privatizações impulsionadas pelo presidente Carlos Menem (peronista neoliberal), que incluiu a venda da YPF (Yacimientos Petrolíferos Fiscales) para a espanhola Repsol.

Depois do anúncio de Morales, Antonio Brufau, presidente da Repsol-YPF, que também tem fortes interesses na Bolívia, reuniu-se com Kirchner em Buenos Aires e ratificou o plano de investimentos da companhia de quase US$ 7 bilhões no qüinqüênio 2005/2009.

No momento da privatização da YPF, Kirchner era governador da província de Santa Cruz, um estado da Patagônia (sul) cuja atividade principal era a exploração petrolífera.

A pesquisa também aponta que, apesar do apoio à nacionalização, dois terços dos entrevistados acreditam que os recursos energéticos deveriam ser administrados por um ente misto de Estado e empresas privadas.




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