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Motoristas terão aumento salarial de 6%
Por Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
10/05/2008 | 07:12
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O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do ABC e Sindicato dos Rodoviários do ABC assinaram sexta-feira a convenção coletiva da categoria de 2008, que reajusta os salários dos motoristas e cobradores de ônibus em 6%. Com o acordo entre as partes, a paralisação do transporte público na região foi evitada.

A categoria - que tem data-base no dia 1º de maio - aprovou na quinta-feira, em assembléia, a proposta do sindicato patronal, que também inclui o aumento de 10% na PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) e 10% no vale-alimentação.

Com o aumento, o piso salarial dos motoristas sobe de R$ 1.641 para R$ 1.739,59, dos operadores de microônibus de R$ 1.206 para R$ 1.278, e dos cobradores de R$ 947 para R$ 1.004.

O vale-alimentação, que era R$ 240, ficou em R$ 264. A PLR tem dois valores: foi reajustada de R$ 250 para R$ 275 para quem ganha até R$ 1.004, e passou de R$ 300 para R$ 330 para quem ganha acima de R$ 1.004,01.

"Essa negociação começou a 60 dias. E conseguimos um consenso entre nós e o sindicato dos trabalhadores para evitar a greve, como ocorreu em outros lugares - São Paulo e Fortaleza (CE), por exemplo", explica Baltazar José de Sousa, presidente do sindicato patronal.

"Nós nos preocupamos em não haver uma paralisação e chegamos a um acordo. A greve prejudica não só os empresários e os trabalhadores, mas também a população. A categoria está tranqüila, sem transtornos para ninguém", afirma Francisco Mendes da Silva, o Chicão, presidente do sindicato dos trabalhadores.

Quanto ao horário de almoço, os trabalhadores já haviam conquistado o direito de fazer as refeições em 25 minutos, período que seria remunerado. A categoria acredita que essa medida seria mais justa pela realidade da jornada classe.

Contudo, o MPT (Ministério Público do Trabalho) não permitiu que esse horário para as refeições continuasse e determinou a ambos os sindicatos que os trabalhadores voltassem a cumprir uma hora de almoço, mas o tempo é descontado da jornada, conforme determina a lei.

Segundo os dirigentes dos sindicatos, esse assunto ainda será debatido no MPT para que uma alternativa seja encontrada que contemple tanto as empresas quanto à reivindicação da categoria.




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