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Conselho de reúne quarta para analisar dois processos contra Renan
Por Do Diário OnLine
12/11/2007 | 21:46
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O presidente do Conselho de Ética do Senado Federal, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), marcou uma reunião para a próxima quarta-feira em que serão debatidos o segundo e o terceiro processo contra o presidente licenciado da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), acusado em ambos os casos de quebra de decoro parlamentar.

O caso que mais pode complicar a vida do parlamentar alagoano é o terceiro, em que ele é acusado de ter utilizado ‘laranjas’ para adquirir meios de comunicação no Estado de Alagoas. O relator do caso, senador Jefferson Peres (PDT-AM), deve declarar Renan culpado e sugerir a cassação do seu mandato.

Caso isso realmente aconteça e o parecer de Peres seja aprovado pelo colegiado, será enviado imediatamente à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Depois disso, irá para votação final em plenário, que pode absolver ou condenar o presidente licenciado do Senado, que neste caso teria seu mandato cassado e os direitos políticos suspensos pelos próximos oito anos.

Já no segundo caso a situação de Renan Calheiros é mais tranqüila, pois o relator João Pedro (PT-AM) deve sugerir o arquivamento da denúncia por falta de provas. Nesta representação, o parlamentar alagoano é suspeito de ter revertido uma dívida de cerca de R4 100 milhões da Schincariol com órgãos do governo, para que em troca a cervejaria comprasse uma fábrica do seu irmão, o deputado federal Olavo Calheiros (PMDB-AL), acima do preço de mercado.

De acordo com o presidente internino do Senado, Tião Viana (PT-AC), caso os processos sejam mesmo votados na quarta poderão ser levados para o plenário no dia 22 de novembro. No entanto, só irão para votação final em plenário os casos que sugerirem a cassação de Renan.

Processos – Além destes casos, Renan é alvo de mais dois processos no Conselho de Ética do Senado, pois já se livrou do primeiro, em que era acusado de ter contas pessoais pagas pela Construtora Mendes Júnior – no caso a pensão de uma filha que teve em um relacionamento extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso – e foi absolvido do caso pelo plenário da Casa.

No quarto processo, Renan é acusado de ter participado de um esquema de arrecadação de propina em ministérios comandados pelo PMDB. O relator da representação é Almeida Lima (PMDB-SE), membro da chamada 'tropa de choque' do parlamentar alagoano. O parecer deve sair apenas no fim de novembro.

O único processo que está no Conselho de Ética ainda sem relator é o quinto, em que Renan Calheiros é acusado de ter articulado um esquema para espionar os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO), com o objetivo de produzir um dossiê com acusações contra os oposicionistas.

Além disso, a Mesa Diretora do Senado adiou a análise da sexta representação contra Renan, que será transformada em processo se for enviada ao Conselho de Ética. Neste último caso, o senador por Alagoas é acusado de ter liberado recursos para que uma empresa ‘fantasma’ construísse moradias na cidade de Murici (AL), cujo prefeito é o seu filho, Renan Calheiros Filho (PMDB). 



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