Cultura & Lazer Titulo Artes plásticas
Miró chega ao Tomie Ohtake

Trajetória do pintor catalão poderá ser
‘visitada’ até o dia 16 de agosto, em São Paulo

Miriam Gimenes
24/05/2015 | 07:00
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Divulgação


Sai Dalí, entra Miró. Após o sucesso de público – foram cerca de 550 mil pessoas –, com a mostra sobre o espanhol de bigode diferenciado, em cartaz até janeiro deste ano, o Instituto Tomie Ohtake (Rua Coropés, 88) abre espaço para outro surrealista: Joan Miró (1893-1983). Começa hoje a exposição A Força da Matéria, que conta a trajetória do catalão entre os anos de 1931 a 1981. Planejada há um ano, ela foi feita em parceria com Fundação Joan Miró de Barcelona e ficará em cartaz até dia 16 de agosto. A curadoria é de Paulo Miyada.

Ao todo, serão 112 obras (41 pinturas, 22 esculturas, 20 desenhos, 26 gravuras e três objetos, pontos de partida de esculturas), além de fotografias sobre a trajetória do pintor. “Como o nome sugere, está muito ligada aos processos de criação, como ele lidava com os materiais, inclusive os diferenciados que utilizou em suas esculturas”, diz Carolina de Angelis, integrante do Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake.

O público poderá visitar três grandes blocos cronológicos que coincidem com momentos vitais do artista. Nos anos 1930 e 1940, as pinturas e desenhos da época da Guerra Civil Espanhola e da Segunda Guerra Mundial manifestam o início do interesse de Miró pela matéria. No período, seu caráter transgressor também se evidencia, sobretudo no terreno dos procedimentos técnicos. Foi no fim dos anos 1920 que Miró manifestou de forma explícita seu propósito de ‘assassinar a pintura’, referindo-se à intenção de terminar com a concepção clássica da pintura de cavalete. É neste momento que começa a fazer suas conhecidas colagens e objetos a partir de assemblage (colagem) de materiais diversos. Já nos anos 1950 e 1960, com presença maior de técnicas diversas, destaca-se o interesse continuado do artista pela experimentação da matéria, que o levará a trabalhar de forma profusa no campo da escultura, enquanto nos anos 1970 verifica-se como Miró, sobre suportes mais inusitados, segue questionando o sentido final da arte. Neste período, uma importante coleção de gravuras indica a destreza do artista a desafiar os padrões da técnica. “As esculturas em bronze são acompanhadas de todos os estudos de Miró antes de concluir a obra e são interessantíssimos”, ressalta Carolina.

A exposição ficará aberta de terça a domingo, das 11h às 20h e os ingressos custam

R$ 10 (até 10 anos grátis). De terça-feira a entrada é gratuita. Os ingressos são vendidos no ingresse.com, aplicativo do Instituto Tomie Ohtake, ou na bilheteria de terça a domingo, das 10h às 19h. 




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