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Precatorianos se reúnem com Filippi
Miriam Gimenes
Especial para o Diário
20/07/2005 | 08:18
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O prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior (PT), quer conseguir na Justiça o resgate de R$ 7 milhões seqüestrados em maio para cumprir promessa feita a precatorianos que cobram pagamento de ações trabalhistas. Pelo menos foi o que Filippi disse nesta terça-feira de manhã a servidores que o cercaram durante visita à UBS (Unidade Básica de Saúde) da Vila Nogueira, para a entrega de cartões do Programa Bolsa-Família. Os R$ 7 milhões seqüestrados referem-se à ação judicial por conta da desapropriação de terreno particular. Diadema tem hoje 151 precatórios a serem pagos.

A Prefeitura havia prometido começar a pagar as ações trabalhistas a partir de junho. Na época, o secretário de Governo, Oswaldo Misso, se comprometeu com os servidores aposentados a pagar parte da dívida trabalhista (R$ 12 milhões) este ano, com parcela de R$ 170 mil por mês. Nesta terça-feira, o diretor do Departamento de Assuntos Comunitários, Airton Germano da Silva, revelou que o prefeito deve agendar encontro com o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça). "O objetivo é sensibilizar a Justiça para liberar os R$ 7 milhões que, antes de serem seqüestrados, já estavam vinculados ao pagamento de outras contas da Prefeitura, inclusive dos precatórios."

O presidente da Comissão dos Precatorianos de Diadema, João Carlos dos Santos, afirmou que o encontro "surpresa" com o prefeito foi um avanço. "É a primeira vez, desde que começamos o movimento, em 1997, que somos atendidos pelo prefeito." Mesmo assim, Santos não ficou satisfeito. "Estaríamos felizes se ele (Filippi) tivesse pago hoje os atrasados."

Terça-feira passada, durante manifestação na Prefeitura cobrando a promessa que não foi cumprida, servidores teriam sido agredidos por guardas municipais. Boletim de ocorrência de abuso de autoridade e lesão corporal foi registrado no 1º Distrito Policial da cidade. "Gostaríamos até de ter uma retratação da Prefeitura, caso sejam comprovados os fatos", cobra Santos.

O delegado Alexandre Luengo disse que o laudo do exame de corpo de delito deverá sair só nos próximos dias, mas que isso não interfere no andamento das investigações. "Já estamos preparando um ofício para conseguir, junto à Prefeitura, a qualificação dos profissionais de serviço naquela noite e a eventual identificação dos supostos agressores."




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