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Servidor está sem plano de saúde
Por Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
12/08/2011 | 07:25
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Servidores públicos de Mauá e dependentes, que totalizam cerca de 11 mil pessoas, estão sem plano de saúde há nove dias e sem conseguir agendar ou fazer exames, além de marcar consultas. Com o término do convênio médico, a Prefeitura tentou fechar contrato emergencial com nova empresa, o que não surtiu efeito. Agora, iniciou processo licitatório para contratação definitiva.

Porém, os problemas não param por aí. Pacientes internados nas unidades de terapias intensivas de hospitais privados, antes atendidos pelo convênio que a Prefeitura mantinha, começaram a ser transferidos para a Santa Casa e o Hospital Nardini, ambos em Mauá e que atendem pelo Sistema Único de Saúde.

Até o dia 3, os cerca de 6.000 funcionários eram atendidos pela Saúde Medicol, convênio que o governo Oswaldo Dias (PT) manteve por um ano e que foi prorrogado por um mês. A Prefeitura disse que arcava com R$ 164,11, enquanto cada servidor custeava R$ 95,84 - 3.052 servidores titulares, com 6.061 dependentes e 1.549 agregados.

Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Mauá, Jesomar Alves Lobo, são entre 11 mil e 12 mil vidas sem convênio médico desde o dia 4. "A Prefeitura prometeu publicar edital até amanhã (hoje) para o pregão eletrônico que escolherá o novo plano de saúde."

O sindicalista avaliou prazo em torno de 20 dias para solução do impasse. "Até fechar o novo convênio, o governo se comprometeu a responsabilizar-se com os doentes", garantiu.

Renato Martins de Abreu, responsável pela Uniserv (União dos Servidores Públi/CScos de Mauá), afirmou que a "revolta é tremenda" entre a categoria. A cada dia surge nova reclamação de usuários por conta da falta de convênio.

Ângelo Pereira da Silva, 84 anos, há 51 dias está internado no Hospital e Maternidade Bartira, em Santo André. A maioria deles na UTI, com tubos no corpo e na boca. "Eles (Bartira e Prefeitura) querem transferir o meu pai de todo jeito para a Santa Casa de Mauá, mas nós não aceitamos pelo estado dele", afirmou José Pereira da Silva, 54 anos, um dos seis filhos de Silva e que ontem esteve no hospital.

Já Manoel Luiz, 78, foi transferido anteontem da Clínica Retaguarda Hospitalar, no bairro Moema, em São Paulo, para a UTI da Santa Casa. "Foi uma imposição da Prefeitura, que tratou tudo pelo telefone. Sequer acompanhamos ele na ambulância", contou Marina Mendes Fidelles, que tem Luiz como seu "segundo pai".

Harry Horst Walendy Filho, diretor de controladoria da Santa Casa, confirmou ontem a internação de Manoel Luiz, mas disse não ser caso de mantê-lo na UTI. A Prefeitura informou que a transferência foi realizada de acordo com "relatório médico e acompanhamento de médico da rede municipal".

Filho também informou que uma vaga está reservada na UTI para o paciente Ângelo Pereira da Silva.




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