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Professores do Colégio Metodista entram em greve por atraso nos salários

Em greve por tempo indeterminado, professores discordam de proposta do colégio particular

Por Flavia Kurotori
Do Diário do Grande ABC
31/10/2019 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Aproximadamente 80% dos professores do Colégio Metodista, instituição de ensino ligada à Universidade Metodista, em São Bernardo, estão de greve por tempo indeterminado desde segunda-feira. Os docentes discordam da proposta de pagamento dos salários de setembro em 6 de novembro, quando os valores de outubro deveriam ser depositados. 

Na semana passada, o Sinpro-ABC (Sindicato dos Professores do Grande ABC) e a escola participaram de mediação no Ministério Público do Trabalho, porém, a instituição manteve a proposta. “O colégio alega falta de fluxo de caixa, mas, olha a quantidade de alunos, são pelo menos 8.000 em toda rede (inclui o colégio e a universidade)”, explicou José Jorge Maggio, presidente do sindicato.

Além dos salários atrasados, os profissionais reivindicam o pagamento do valor equivalente a um terço das férias, que deveria ter sido pago em junho; depósito de parcelas atrasadas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e do vale-alimentação referente a cinco meses. “Daqui a pouco, vem o 13º (salário) e cria mais uma insegurança na gente, por isso, optamos pela paralisação”, afirmou Maggio.

Nova assembleia será realizada hoje, às 18h30, na Câmara Municipal de São Bernardo, para decidir o futuro da greve. Até lá, a orientação do Sinpro-ABC é que os pais não levem os alunos à escola e que todos os professores permaneçam em casa. Segundo o representante da categoria, a entidade está solicitando mediação no Tribunal Regional do Trabalho.

O Instituto Metodista de Ensino Superior informou, em nota, “que os salários dos docentes e administrativos vencidos em 5 de outubro de 2019 estão sendo regularizados paulatinamente” e destacou o cenário econômico “global e desafiador” do País. O comunicado garantiu que o colégio está mantendo o diálogo com pais e familiares por meio de comunicados gerais.

A equipe do Diário esteve em frente à escola no fim da tarde de ontem. Porém, não encontrou movimentação de alunos em horário de saída.  

HISTÓRICO 

Professores da Universidade Metodista e Colégio Metodista sofrem com atrasos em pagamentos desde 2015, quando valores do FGTS deixaram de ser depositados. Há pelo menos dois anos, a rede também atrasa o depósito de salários, férias, vale-alimentação e vale-transporte.




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