Política Titulo Possibilidade
Paço estuda Parque Guaraciaba com verba própria e TAC

Proposta tramita no Semasa e estipula reservar R$ 12 mi para reabertura do espaço em Santo André

Por Fabio Martins
23/07/2018 | 07:27
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Denis Maciel/DGABC


O governo do prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), apresentou ao Ministério Público projeto básico que prevê reabertura do Parque do Guaraciaba, hoje desativado, como uma das propostas para tentar solucionar impasse do chamado Tancão da Morte, alvo de TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) no município. O Paço encaminhou documentação na semana passada, com série de medidas envolvendo a recuperação do local, depois de efetivar audiência preliminar com promotores de Justiça da cidade ligados ao patrimônio e meio ambiente. 

Não há prazo pré-determinado para resposta da Promotoria, que validará ou não o projeto elaborado pela gestão tucana. O Paço negocia desde então assinar novo acordo relacionado ao caso. O espaço já foi utilizado no passado como um parque, ainda na primeira gestão de Celso Daniel (entre 1989 e 1992), mas o MP pediu o fechamento definitivo do equipamento em 2004 após mortes no lago artificial – ao menos 38 crianças e jovens foram vítimas no local –, o que não impediu outros incidentes. “Estamos em fase de tratativas com o Ministério Público. Caso seja aceita, a proposta é dar uso ao espaço, com quadra poliesportiva, pista de caminhada, espaço pet e banheiros, além de reformar guarita de segurança. Enviamos também para o EC (Esporte Clube) Guaraciaba plano de levar campo sintético para dentro do local, seria mais um equipamento”, pontuou Paulo Serra, ao ponderar que o lago contará com vigilância, porém não deve ser aterrado, como já foi cogitado em governos anteriores. “No Parque Central há lago com profundidade de 20 metros e não existe esse problema”, emendou. 

Por estar atrelado ao setor de meio ambiente, o plano da administração tucana tem sido tocado pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), com estimativa de investimento de R$ 12 milhões, provenientes de recursos próprios. “A previsão inclui a utilização de verba do fundo de compensação ambiental e parte dos recursos destinados para investimento na área”, alegou o chefe do Executivo andreense.

Paulo Serra frisou que, a partir do acerto com a Promotoria, a autarquia vai acelerar o passo para iniciar a execução da proposta. “Assim que tivermos um sim já queremos começar (as intervenções), até se possível ainda no segundo semestre deste ano, sempre respeitando, contudo, a deliberação do Ministério Público”, afirmou o prefeito. “Com o aval, resolveremos desta forma mais um problema que se arrasta há tempos, um símbolo de Santo André, assim como fizemos com o Sabina (Escola Parque do Conhecimento) e com viadutos”. O resgate do parque integra o plano de governo do tucano, bem como também estava na lista de seus antecessores no Paço.

O espaço tem cerca de 510 mil metros quadrados e foi desapropriado pela Prefeitura. O local funcionava como porto de areia na década de 1970, mas a atividade foi inviabilizada devido às mais de 60 nascentes existentes ali, que fizeram brotar água da terra. 




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