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Terça-Feira, 16 de Abril de 2024

Márcio Bernardes
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Márcio Bernardes
Preocupação de sempre
Por Márcio Bernardes
17/10/2019 | 13:48
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 As torcidas organizadas viraram sinônimo de negócios. E algumas delas flertam com o crime organizado.

Quanto mais provocaa torcida adversária, mais aparece na mídia, mais atiça a violência.Fica a impressão de que a juventude acaba atraída por esses vândalos.

Episódios recentes de invasões e tentativas de agressão de torcedores do Fluminense, Botafogo, Cruzeiro e Palmeiras, comprovam a intolerância e a falta de civilidade dessa gente.

Não se resolve nada no braço e nem na ameaça. Temos de exigir bons modos e convivência decente de quem não sabe o que é isso.

Desconfia-se das ligações de dirigentes de algumas organizadas com dirigentes de clubes que toleram essa vergonha.

Outro dia torcedores do São Paulo foram protestar na frente da casa do presidente Leco. Pode uma coisa dessas? O que os vizinhos, que ficaram também incomodados, têm a ver com a gestão do São Paulo? A torcida do Palmeiras não quer mais Alexandre Mattos trabalhando no clube. Por isso fez uma balburdia tremenda na frente da casa do cartola remunerado. E a vizinhança ficou incomodada.

Reconheço que estudiosos estão debruçados no assunto e existem autoridades bem-intencionadas trabalhando na questão. Porque alguns desses políticos que há tempos trataram do tema,ficaram populares e se elegeram em vários cargos. E estão aí até hoje. Mas não resolveram essa vergonha.

Assunto pessoal

Pouca gente sabe, mas o Hino do Comercial é a primeira composição musical de um clube do futebol brasileiro. Composto pelo ex-ponta direita do time, Belmácio Pousa Godinho, que jogou na década de 1920, o Hino veio antes das composições de Lamartine Babo para 11 clubes cariocas, inclusive Flamengo, Vasco da Gama, Fluminense e Botafogo. O primeiro deles, do Flamengo, é de 1945.

Conheci o “seo” Belmácio quando ainda era criança. Ele era dono de uma loja de pianos na rua General Osório, perto da Visconde de Inhaúma. Além de pianista, era professor e flautista. Impressionante, ele sentava no piano com o cigarro Continental aceso e nos deliciava com o seu talento. Mas espalhava muita nicotina pelo ar.

O professor da Usp, Rubens Ricciardi, atesta o ineditismo da obra e ressalta a densidade sinfônica do Hino.

Para as novas gerações, as letras e melodias dos clubes brasileiros podem parecer cafonas. Mas além do Hino do meu time,eu sempre curti os Hinos de outros clubes, especialmente o do Grêmio, de autoria de Lupicínio Rodrigues;

“ Até a pé nós iremos...”




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