Empresas associadas à regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Santo André – que também abrange Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra –, se reuniram ontem com representantes da AES Eletropaulo para levar à concessionária queixas de interrupções de energia e ouvir da companhia o que ela tem feito para minimizar esses problemas.

Foi o terceiro encontro realizado neste ano nessa regional. “O grande objetivo é abrir canal de comunicação e iniciar diálogo para entender por que ocorrem tantas interrupções e ver o que se pode fazer para que se reduzam”, diz o vice-diretor da regional, Norberto Perrela.

Para Perrela, os encontros têm sido produtivos, já que são oportunidade de os empresários ‘colocarem a boca no trombone’, e a companhia tem se mostrado aberta ao diálogo. “O que a gente percebe é que eles (a AES) vinham medindo a qualidade do fornecimento com base nas regras da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), mas a lei não atende a nossa necessidade”, diz. Isso porque alguns segundos de interrupção significam prejuízo, com parada da produção, às vezes, por mais de uma hora. “Eles passaram a se preocupar mais com isso”, disse o dirigente.

Durante o evento, o gerente de marketing e novos negócios da AES Eletropaulo, Rogério Jorge, expôs aos empresários presentes o que a companhia tem feito para melhorar o fornecimento de eletricidade, como a recente construção da subestação Sertãozinho, em Mauá, e a busca do aprimoramento do atendimento aos clientes corporativos, com abertura de canal exclusivo para esse público, e a realização de projetos de adequações da rede para proteção dos fusíveis das indústrias.

Além disso, Jorge salientou que neste verão haverá reforço da equipe do call center, que hoje tem condições de atender 54 mil chamadas por hora e receber 100 mil mensagens de SMS por dia, e também haverá mobilização (com horas extras) do pessoal que presta os serviços nos locais, com ajuda do monitoramento da meteorologia no centro de operações da companhia.