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Denúncia de encomenda com explosivo faz PM detonar garrafas de mel

Escâner dos Correios erra ao avaliar pacote que também tinha aparelho de inalação e roupas de bebê

Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
23/10/2013 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Duas garrafas de mel, um aparelho de inalação e roupas de bebê. Esse era o conteúdo de uma encomenda vinda da Paraíba que o escâner do centro de distribuição dos Correios de Santo André, no Centro, apontou como material explosivo na manhã de ontem. Como consequência, o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) da PM (Polícia Militar) detonou os materiais.

Segundo o registro da ocorrência feito no 4º DP (Jardim), por volta das 11h a PM foi acionada por funcionários dos Correios. Acreditava-se que o mel seria na verdade nitroglicerina, composto químico que se torna explosivo de grande impacto, e o pacote foi colocado no estacionamento do local.

Foram usados helicópteros na operação, que contou com o reforço de órgãos municipais, como a GCM (Guarda Civil Municipal) e o DST (Departamento de Segurança de Trânsito). Ruas próximas foram fechadas, gerando grande trânsito, e o atendimento na unidade foi suspenso temporariamente.

A falsa ameaça de bomba foi confirmada após a detonação da embalagem, cerca de duas horas depois.

A encomenda foi despachada por uma mulher no município paraibano de São José de Piranhas para uma familiar moradora do Jardim Irene.

O Diário tentou localizar a destinatária em sua residência, mas ela não estava em casa na noite de ontem. Vizinhos, que acompanharam o caso pela TV, ironizaram o episódio. “Você só pode estar brincando”, disse uma senhora que mora na mesma rua.

Por meio de sua assessoria, os Correios informaram que é padrão da empresa acionar a PM caso o escâner detecte algo de estranho nas encomendas.

A corporação também diz que é comum o Gate detonar possíveis explosivos. A PM alega que abrir pacotes suspeitos não é recomendado e pode ocasionar explosão. 




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