Automóveis Titulo Dê o veredicto
Você decide o vencedor

Visite a fã page do Diário no Facebook e nos
diga qual é o melhor: C3, Peugeot 208 ou Onix

Lukas Kenji
Marcelo Monegato
Vagner Aquino
24/07/2013 | 04:00
Compartilhar notícia
André Henriques


Três carros automáticos. Três jornalistas especializados. Para fugir do tradicional, o Diário resolveu promover um comparativo diferente entre Peugeot 208, Citroën C3 e o mais novo integrante do grupo da família dos automáticos – veja bem, automáticos e não automatizados –, Chevrolet Onix. Cada integrante da equipe de Automóveis rodou por sete dias exclusivamente com um dos concorrentes, tendo como missão provar por ‘A + B’ que seu representante no duelo merece ser o vencedor, destacando os pontos positivos, mas não omitindo os negativos.

Quem será o vencedor? Faça sua aposta! Vote na fan page do Diário do Facebook: www.facebook.com/jornaldgabc

 Citröen C3 fisga consumidor brasileiro pelos olhos

Do topo do habitáculo vem o maior trunfo do primeiro concorrente deste duelo que visa o consumidor que quer poupar esforços ao pé esquerdo. O para-brisa Zenith, que aumenta o campo de visão do motorista em até 80%, é o maior toque de requinte do C3 – ponto alto do que a Citroën chama de tecnologia criativa a ser implementada no compacto.

Apresentando evolução gigantesca em relação a sua geração anterior, o C3 mudou de patamar para brigar com força no segmento de compactos premium. Aliás, sua mecânica foi precursora e ‘copiada’ na cara dura por seu primo Peugeot 208, concorrente da página 10. O motor 1.6 flex agrada, mas não é um primor. Inclusive, seus 122 cv de potência e 16,4 mkgf disponíveis quando o carro bebe etanol poderiam ser melhor aproveitados. Isso porque no câmbio automático sequencial mora o ponto fraco da versão Exclusive (R$ 55.360), personagem do comparativo. Suas quatro marchas não são transformadas em trancos, mas reprimem retomadas eficientes. Inibem também a diversão de utilizar as aletas para trocas manuais: quando você está empolgado, se dá conta de que a quinta marcha é apenas ilusão.

Aí que cai a ficha de que o ponto forte do Citroën é mesmo o visual. Muitos ainda o consideram um tanto feminino, herança da geração anterior, mas é inegável notar sua beleza à francesa, que perpetua por todo design externo da carroceria de 3,94 metros de comprimento. Ressalta-se o conjunto ótico dianteiro, que traz feixes de LED, além da caixa de rodas de 16 polegadas com insertos cromados de bom gosto.

Por dentro, o destaque fica para o volante com desenho que remete à aviação e faz bom jogo visual com um acabamento de ótima qualidade.

Para fazer valer os R$ 6.170 a mais em relação ao Chevrolet Onix, rival mais em conta deste comparativo, o C3 oferece de série navegador GPS integrado ao painel, bancos revestidos de couro, sensor de estacionamento traseiro, direção elétrica, rádio com CD player, MP3, bluetooth e entradas auxiliar e USB.

Para fechar dando uma moral ao C3, vale lembrar que seu porta-malas de 300 litros é o maior entre os concorrentes desta matéria e que o compacto tem o menor índice de reparabilidade do segmento, de acordo com o índice Car Group do Cesvi (Centro de Experimentação e segurança Viária).

Peugeot 208 agrada pelo requinte, mas peca no câmbio

Apesar de muitos ainda torcerem o nariz para marcas francesas – temendo custos com pós-vendas e a dificuldade em encontrar peças –, a Peugeot está trilhando o caminho certo para cair nas graças do consumidor brasileiro. É isso aí, afinal, nada como ter no portfólio um carro bonito e funcional. Foi o que fez a fabricante ao lançar o hatch 208 no Brasil, em março.

Para ilustrar este comparativo, selecionamos a versão Griffe com câmbio automático: R$ 54.690. 

Mas antes de falar da mecânica, vale especificar o grande chamariz do carro: o design. Inspirado na nova identidade da marca, o hatchezinho dá um show nas ruas e desperta a curiosidade dos mais diversos públicos. Mérito de detalhes estéticos, como luzes com iluminação em LED nos faróis e lanternas, teto panorâmico, linhas arredondadas e apliques cromados que se estendem ao longo de toda a carroceria – esta, com 3,97 metros, é a maior entre os três modelos em questão.

Ainda falando em medidas, o espaço entre os eixos não deixa a desejar. São 2,54 metros. Para os ocupantes traseiros, bom espaço para as pernas, além da comodidade dos cintos de três pontos e encosto de cabeça para todos. Na parte da frente, o requinte impera, com detalhes em cromo. Mas nada chama mais a atenção que a ergonomia. Além das regulagens em altura e profundidade, o volante multifuncional se destaca pela posição rebaixada e pelo tamanho reduzido – são 34 centímetros, cerca de 4 cm menor que o tradicional. 

Na lista de mimos, sensor para faróis, limpador de para-brisa e para-choque traseiro, computador de bordo, regulador e limitador de velocidade, rádio com CD player, MP3, bluetooth e entradas auxiliar e USB. No topo do painel, vai a tela touch screen de sete polegadas que engloba todo o sistema de entretenimento, inclusive o navegador GPS. Tudo é de série.

Na hora de guiar, o motor 1.6 flex – exatamente o mesmo usado pelo C3 (que você confere na página 9) – agrada. Com tecnologia que dispensa o tanquinho de partida a frio, o bloco de 16 V gera potência máxima de 122 cavalos. Com gasolina, são 115 cv.

Mas o bom trabalho alcançado com o torque máximo de 16,4 mkgf a 4.000 rpm é comprometido pelo escalonamento do câmbio automático de apenas quatro marchas oferecido pela Peugeot. Em retomadas, o 208 parece amarrado. Para minimizar tais efeitos, o melhor caminho é se render às trocas sequenciais através da alavanca ou das borboletas atrás do volante – boa pedida para os que buscam uma pitadinha de esportividade.

Outro ponto que decepciona é o consumo. Durante a semana de avaliação, o modelo não passou dos 9 km/l de combustível. Isso porque a direção elétrica melhora a eficiência energética...

Onix tem preço mais competitivo e câmbio de 6 marchas

Neste duelo – e no melhor estilo Clint Eastwood –, o cowboy Chevrolet Onix 1.4 automático chega chutando a porta do saloon (bar) e mostrando as armas para fazer a francesada dançar cancan. É o mais barato dos três, custando, na versão topo de linha LTZ, R$ 47.190.

Por este valor, o hatch entrega ar-condicionado, direção hidráulica, travas e vidros elétricos, controlador de velocidade com acionamento no volante, air bag duplo, freios ABS (antitravamento) com EBD (distribuição eletrônica da força de frenagem), rodas de liga leve de 15 polegadas e tecnologia multimídia MyLink (conectividade via bluetooth), com tela de LCD de sete polegadas sensível ao toque. Não disponível sequer como opcional, o sistema de navegação GPS poderia ser um diferencial, assim como volante com comandos de controle do sistema de áudio.

É rodando, no entanto, que o Onix se revela um veículo atraente. Muito interessante para o uso urbano. O motor 1.4 bicombustível de 98 cv (gasolina) / 106 cv (etanol) a 6.000 rpm e torque interessante de 12,9 mkgf (g) / 13,9 mkgf (e) a 4.800 giros conversa muito bem com o câmbio automático de seis velocidades – dos concorrentes tem somente quatro. Destaque para o fato de 90% do torque estar disponível já a 2.300 rpm, segundo a marca. 

Durante tocada suave, as trocas de marchas acontecem sem trancos. Quando se exige mais força, grudando o acelerador no assoalho, a redução é rápida para que o motor entregue mais força. O ponto negativo fica por conta da relação longa da primeira marcha – algumas vezes a mudança ocorre por volta de 5.000 rotações. Outro ponto que não agrada é a possibilidade de efetuar as mudanças de marchas por meio de um botão na manopla do câmbio. Muito desconfortável – aletas (borboletas) atrás do volante entregariam certa esportividade.

Após acelerar por cerca de 450 km, o computador de bordo – item de série, assim como ajuste de altura do banco do motorista e da coluna de direção (falta regulagem de profundidade) – marcou 12,1 km/l, rodando com gasolina. Na medição com etanol, a média caiu para 10,2 km/l. Nada mal.

Em relação ao espaço interno, o Chevrolet vai bem. Com 3,93 metros de comprimento – 2,52 metros de distância entre os eixos – e 1,70 metro de largura, cinco pessoas viajam tranquilamente. Falta encosto de cabeça e cinto de três pontos para o ocupante central. Porta-malas leva 280 litros. O acabamento é sóbrio e oferece bons materiais. Tudo muito bem encaixado.

O design é atual e diante de 208 e C3, é o com ar mais esportivo.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.

Mais Lidas

;