A inflação de junho para as famílias com renda entre um e 40 salários-mínimos atingiu 0,26%. O percentual apresentou desaceleração em relação ao resultado de maio. Naquele mês, a expansão média dos preços foi de 0,37%.

O resultado de junho foi o menor mensal desde o mesmo mês do ano passado, quando a pressão inflacionária foi de 0,08%. O dado foi publicado ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O indicador que mede a inflação é o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

No mês passado, as despesas com alimentação e bebidas deram um alívio ao bolso dos consumidores. De acordo com o IPCA, esse grupo de gastos teve inflação de 0,04%. Foi o menor resultado desde julho de 2011. Com isso, impactou com apenas 0,01 ponto percentual positivo na alta geral mensal de 0,26%.

Em maio, revelou o IBGE, os alimentos e bebidas apresentaram variação média de 0,31%. A cenoura (-18,5%) e o tomate (7,2%) foram os produtos com maior decréscimo em junho sobre os preços cobrados no mês anterior.

O grupo habitação teve inflação de 0,57%, artigos de residência, 0,12%, vestuário, 0,50%, e transportes, com 0,14%.

Também subiram os gastos com Saúde e cuidados pessoais, na ordem de 0,36%, despesas pessoais, 0,40%, Educação, 0,18%, e comunicação, com 0,19%.

META - A inflação para as famílias brasileiras acumulada em 12 meses encerrados em junho atingiu 6,70%, informou o IBGE.

Este resultado está 0,20 ponto percentual acima do teto da meta de inflação. Esta é uma margem do governo federal considerada como limite do controle inflacionário, em 6,50%. A meta, em si, é de 4,50% em um ano.

O resultado acumulado em 12 meses é o maior desde outubro de 2011, quando o IPCA registrou 6,97%.