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Unesco pede libertação de jornalista francesa seqüestrada no Iraque
Por Do Diário OnLine
Com AFP
31/01/2005 | 17:28
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O diretor-geral da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), Koichiro Matsuura, pediu nesta segunda-feira a libertação da jornalista francesa Florence Aubenas e de seu tradutor, Hussein Hanun Al Saadi, desaparecidos no Iraque desde o dia 5 de janeiro.

O representante da Unesco lamentou as más condições de segurança enfrentadas pelos jornalistas que trabalham nesse país. "Quero homenagear os jornalistas iraquianos e estrangeiros que, da mesma forma que Florence Aubenas, são obrigados a enfrentar riscos consideráveis para manter informada a opinião pública mundial", reconheceu Matsuura.

Matssura enfatizou ainda que a independência e liberdade dos meios de informação devem ser respeitadas se o povo do Iraque deseja estar em condições de assumir seu próprio destino e adotar decisões com conhecimento de causa.

Florence Aubenas, de 43 anos, e seu intérprete iraquiano foram vistos pela última vez no dia 5 de janeiro na saída de seu hotel em Bagdá, onde a repórter, com grande experiência em conflitos, realiza missões periodicamente. Por enquanto, não foi confirmado se Aubenas foi seqüestrada já que nenhuma reivindicação ou preço pela sua liberdade foi emitido.

Aubenas chegou ao país em 16 de dezembro de 2004 como enviada especial do jornal Libération. A jornalista trabalha na publicação francesa deste 1986 e já cobriu dezenas de eventos internacionais em países como Ruanda, Kosovo, Argélia, Afeganistão e no próprio Iraque.

O desaparecimento aconteceu apenas duas semanas depois da libertação dos jornalistas franceses Christian Chesnot e Georges Malbrunot, que retornaram à Paris depois de um seqüestro de 124 dias no Iraque.

Profissão de risco - A FIJ (Federação Internacional de Jornalistas) anunciou, no começo de janeiro, que pelo menos 129 jornalistas foram assassinados em 2004 no mundo, o maior número em 12 anos. O ano passado foi ainda pior para os repórteres, sendo que só no Brasil seis profissionais da área perderam a vida. A organização informou ainda que desde o início da guerra no Iraque, já morreram 49 jornalistas, dois em territórios palestinos.




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