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Pequeno ‘exército’ solidário sai às ruas todas
as noites para dar alimento e atenção
do Diário do Grande ABC
07/07/2021 | 00:02
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André Henriques/DGABC


A solidariedade e a empatia se tornaram armas das mais importantes para o enfrentamento às dificuldades impostas pela pandemia de Covid-19. Os diversos gestos de carinho, que ganharam força a partir de março do ano passado, têm mobilizado um pequeno exército de voluntários que ajudam pessoas em estado de vulnerabilidade social. Exemplo da disposição em ajudar o outro está no projeto Anjos da Rua, que iniciou suas ações há pouco mais de um ano e hoje entrega 100 marmitas por dia, no horário do jantar, por bairros de Santo André.

Atualmente, a equipe é formada pelo advogado Leonardo Nieto, 28 anos, responsável pelas entregas, pelos seus pais, os comerciantes Hélio Farber e Goretti Nieto, ambos com 62 anos, que colocam a mão na massa para cozinhar, e pelos mais de 20 voluntários que auxiliam nas entregas, além dos inúmeros doadores de recursos e alimentos para fomentar, cada dia mais, o projeto.

Entre os pontos atendidos pela ação social estão Centro, Vila Luzita, Utinga, Tamarutaca e Jardim Cristiane. “Nossa atuação majoritária é no Centro expandido de Santo André, onde se concentra a maioria das pessoas em situação de rua”, detalha Nieto. Até o momento, ele acredita que o projeto tenha ajudado mais de 2.000 pessoas em situação de vulnerabilidade.

Toda produção é feita em uma cozinha caseira, com doações de fornecedores ou comprados com recursos que chegam ao projeto por meio de transferências bancárias. Como a ação depende exclusivamente de doações, o cardápio é adaptado conforme o estoque, bem como a quantidade de marmitas. Segundo a família, as doações podem ser feitas 24 horas por dia, inclusive nos fins de semana. “O que mais precisamos é de mistura, carne moída, frango, linguiça e salsicha. Além de óleo, alho triturado e hortifrúti”, comenta Leonardo.

O empenho da ação é entregar a refeição sempre composta de arroz, feijão e uma mistura, ou até sopas acompanhadas com pães ou macarrão, todos servidos em embalagens descartáveis. Além disso, quando conseguem, as entregas são personalizadas. No mês de junho, a equipe entregou, além das marmitas, itens de festa junina.
“O Anjos da Rua leva dois lemas como máxima: ‘É muito mais do que uma marmita’ e ‘qualquer ajuda é bem-vinda’. Logo, as pessoas podem ajudar sendo voluntárias nas entregas, respeitando os protocolos de proteção contra a Covid, ou fazendo as doações”, completa Leonardo.

Mas não são apenas refeições, pois o projeto ainda prevê outras ações importantes a quem precisa. O objetivo, além de expandir a entrega de comida, é ajudar as pessoas em situação de rua em outros aspectos, como procurar possibilidades para elas, sendo em forma de emprego ou até residência.

Para quem deseja ajudar, as doações podem ser feitas por meio da vaquinha on-line (vaka.me/965713), na qual conseguem realizar as compras no mercado e de embalagens descartáveis. Há um ano, a vaquinha contabilizava 12 apoiadores, que, juntos, doaram R$ 610; hoje são 163 e mais de R$ 16 mil em ajuda. 




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