Política Titulo Fake News
Facebook derruba páginas ligadas à família Bolsonaro

Plataforma identificou que um dos operadores é assessor do deputado Coronel Nishikawa

Por Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
09/07/2020 | 00:01
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Após derrubar páginas que disseminavam fake news ligadas à família Bolsonaro, o Facebook identificou dois supostos operadores ligados a políticos do PSL na região.

Um deles seria um dos assessores do deputado estadual Coronel Nishikawa (PSL), que tem domicílio eleitoral em São Bernardo, e o outro é Paulo Eduardo Lopes, o Paulo Chuchu, um dos assessores do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Chuchu chegou a ser presidente do PSL municipal, mas está no PRTB e deve ser candidato a vereador neste ano.

Ao todo foram removidas 35 contas do Facebook, 14 páginas e um grupo. Além disso, 38 perfis do Instagram também foram suspensos. Segundo a rede social, as páginas criavam pessoas fictícias que se passavam por jornalistas e que publicavam conteúdo vinculados a páginas que simulavam ser veículos de notícias.

“Parte do conteúdo postado por essa rede já havia sido retirada por violações dos padrões de comunidade, incluindo discurso de ódio”, diz a nota emitida pelo Facebook. A empresa ainda sustentou que a rede mantinha vários grupos com atividades conectadas que usavam combinação de contas duplicadas e falsas.

Paulo Chuchu confirmou que suas contas no Facebook, Instagram e Twitter estavam suspensas, mas não soube explicar por qual motivo. “Enviei e-mail para as plataformas pedindo explicações do que teria acontecido. Assim que receber posicionamento, me posicionarei”, alegou.

Já o deputado Coronel Nishikawa afirmou que conversou com seus assessores para que saíssem ou apagassem qualquer tipo de página que disseminasse “conteúdo radical”. Uma ex-assessora, Camila Abdo, pediu exoneração há mais ou menos seis meses exatamente por manter página com conteúdo polêmico. “A Camila viu que os conteúdos poderiam me prejudicar e eu pedi para que ela retirasse a página do ar. Como ela manteve as páginas, decidiu, por conta própria, pedir exoneração. Agora o John Bennetti (assessor cujo nome completo é Jonathan Willian Bennetti), eu desconheço que tenha página com conteúdo radical. Estou apurando”, disse. Camila chegou a fazer parte de inquérito da PF (Polícia Federal) que investigava conteúdo com ameaças ao STF (Supremo Tribunal Federal) e à democracia. 




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