Política Titulo Otimismo
Márcio França compara eleição de São Paulo com a de Tocantins

Em Ribeirão Pires, atual governador fala em repetir cenário ocorrido no pleito complementar e surpreender após período sem ser conhecido

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
07/07/2018 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Em evento ontem no Grande ABC, o governador de São Paulo, Márcio França (PSB), comparou o cenário da eleição suplementar de Tocantins, encerrada em junho, com o panorama da disputa paulista. A alusão se dá para justificar que o então “pouco conhecido e governador interino” Mauro Carlesse (PHS, ex-presidente da Assembleia Legislativa) venceu o páreo, deixando para trás candidatos “ricos”. “Lá quem ganhou? O governador em exercício, desconhecido, de partido pequeno, com 75% dos votos no segundo turno. Penso que podemos ter situação semelhante em São Paulo”, avaliou o socialista.

Carlesse teve 75,14% dos votos válidos – ficará no posto até 31 de dezembro e pode concorrer à reeleição – contra 24,86% de Vicentinho Alves (PR). A tentativa do eleitorado no momento do País, segundo França, passa por “procurar coisas novas”. “O prefeito da Capital (Palmas), do nosso partido (Carlos Amastha, PSB), empresário, famoso, rico, não foi nem para o segundo turno”, disse, depois de participar de ato do Fundo Social de Solidariedade em Ribeirão Pires, ao lado do prefeito e correligionário Adler Kiko Teixeira. Outro nome conhecido na lista que ficou pelo caminho da fase inicial foi a senadora Kátia Abreu, hoje no PDT, ex-ministra de Dilma Rousseff (PT).

A diferença, no entanto, é que em Tocantins a eleição suplementar foi convocada após a cassação do ex-governador Marcelo Miranda (MDB) e da vice dele, Cláudia Lelis (PV) – ambos foram considerados culpados por captação ilegal de recursos à campanha de 2014.

França apareceu na última pesquisa Ibope com 5% das intenções de voto, pouco à frente de Luiz Marinho (PT), que registrou 3%, mas atrás de João Doria (PSDB), com 19%, e Paulo Skaf (MDB), 17%. O socialista ponderou que “ainda é desconhecido” do grande público e que poderá reverter essa conjuntura a partir das inserções da campanha na TV, quando terá um dos maiores tempos entre os postulantes. “Tenho longa trajetória política, de 40 anos, mas ainda não sou conhecido, porque nunca me meti em confusão, sem processo criminal. Na vida pública, geralmente, fica lembrado quem se mete em enrosco.”

Pré-candidato à reeleição, o governador delimitou o número de pleiteantes aos nomes mais bem ranqueados no levantamento. “São praticamente quatro grandes opções. O PT, de Marinho, depois mais três: eu e outras duas com padrão social mais alto, ricas, com Skaf e Doria”. Kiko falou em ajudar no que for designado durante a empreitada. “Se pedir para entregar panfleto dentro do trem, eu vou fazer.”  




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