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Vigilância realizou 22 inspeções por dia em 2016

Juntas, Sto.André, S.Bernardo, S.Caetano e Mauá vistoriaram condições sanitárias de 8.212 locais

Por Matheus Angioleto
Especial para o Diário
21/07/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


 As equipes de Vigilância Sanitária de quatro das sete cidades do Grande ABC – Santo André, São Bernardo, São Caetano e Mauá – realizaram 8.212 inspeções em estabelecimentos comerciais no ano passado, o equivalente a 22 vistorias diárias. Juntos, os municípios contam com 116 profissionais para realizar as visitas aos espaços e avaliar aspectos de higiene e demais irregularidades. Para especialistas, as avaliações precisam ser ampliadas, o que depende de mais trabalhadores, bem como as punições intensificadas.

Do total de inspeções realizadas no ano passado na região, Santo André liderou a estatística com 4.388 visitas, seguida por São Caetano (2.255), São Bernardo (994) e Mauá (575). Ribeirão Pires vistoriou 1.250 espaços nos últimos cinco anos.

Em contrapartida, o número de interdições é irrisório. São Caetano interditou 21 estabelecimentos no ano passado, enquanto Mauá fechou 26 e Santo André chegou a 65. São Bernardo vedou 327 locais de 2012 até maio de 2017, enquanto Ribeirão Pires lacrou 20 locais nos últimos cinco anos.

No Grande ABC, a punição ao estabelecimento interditado pela Vigilância Sanitária pode variar de R$ 274 a R$ 3,5 milhões, dependendo da infração. Em casos de interdição, a reabertura somente é permitida após a situação ser regularizada.

A equipe de reportagem do Diário entrou em contato com as sete prefeituras para saber o número de estabelecimentos comerciais ligados à alimentação que cada uma possui. No entanto, apenas Santo André e São Bernardo responderam, com 908 e 7.037 comércios, respectivamente.

No fim de junho, um caso chamou a atenção em Mauá. Padaria que vendia cerca de 300 pães ao dia no Jardim Oratório funcionava de forma irregular. Após reclamação de moradores, a Polícia Civil foi ao local e contatou a Vigilância Sanitária, que demorou a aparecer e lacrou o local apenas no dia seguinte.

Na visão do professor Rogério Aparecido Machado, especialista em gestão ambiental e saúde pública do Mackenzie, a vigilância sanitária do Grande ABC deixa a desejar pelo número de profissionais disponíveis. No entanto, o problema mais grave é outro. “O mais importante seria o número de locais que estão regularizados por número de vigilantes. O problema grave é quantos são abertos (comércios) e que ninguém sabe que está funcionando. Um botequinho que fez na garagem está fritando linguiça, vendendo pão, mexendo com maionese”, aponta.

“Punições mais firmes e critério mais rigoroso para a liberação de alvará sanitário”. Estes são os pontos que o professor Alexandre Panov Momesso, do curso de Nutrição da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), cita como primordiais para a solução do problema.

Para denunciar um estabelecimento, o munícipe das sete cidades pode protocolar reclamação junto às ouvidorias e também nas próprias vigilâncias sanitárias.

 




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