Setecidades Titulo Segurança pública
Tolerância com tráfico de drogas é ‘menor que zero’

Afirmação é de Helio Bressan, delegado seccional
de Sto.André, que assume oficialmente a função hoje

Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
04/07/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


O delegado Helio Bressan, 57 anos, que assume hoje a Delegacia Seccional de Santo André (responsável também por Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra), frisou, em entrevista exclusiva ao Diário, o compromisso da Polícia Civil no combate ao tráfico de drogas. “Se existir alguma coisa menos que zero é a minha tolerância com o tráfico”, salientou.

Mais que deter os criminosos, Bressan quer atuar também na prevenção. “O cara que é preso traficando é substituído com muita rapidez. Por isso, vou continuar coordenando ação que está sendo feita com as nove delegacias seccionais da Grande São Paulo na qual estamos treinando gente nossa para fazer um intercâmbio com OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e ONGs (Organizações Não Governamentais) para começarmos trabalho preventivo”, falou. “Quero trazer o evento de formatura desses agentes para Santo André e chamar toda a sociedade para vir com a gente. A droga, lamentavelmente , está disseminada e temos o trabalho repressivo, que é ir para o local onde o tráfico ocorre e prender os traficantes, mas a gente deve começar a fazer um serviço especializado”, afirmou.

Com três décadas de trabalho na Polícia Civil, Bressan iniciou a carreira na Divisão de Homicídios do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa), atuou em cidades como Águas de Santa Bárbara e Piraju, no Interior paulista, e a primeira delegacia em que assumiu como titular foi a de Heliópolis, na Zona Sul da Capital. Entre os locais pelos quais passou, também esteve à frente da Delegacia de Barueri, do 12º DP (Pari), da 1ª Delegacia Fazendária de São Paulo e, por um ano e meio, foi delegado assistente do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo), de onde saiu para assumir a Delegacia Seccional de Santo André.

PROXIMIDADE

Bressan ressaltou sua prioridade com o atendimento humanizado nas delegacias. “As pessoas que nos procuram não podem ser vítimas duas vezes: de um crime e de um mau atendimento. Esperar para registrar uma ocorrência não tem jeito, pois muitas vezes há quatro, cinco pessoas para serem ouvidas, ou o sistema cai, mas temos que ter carinho e respeito, não tolero que alguém seja mal atendido”, destacou.

O delegado quer ainda atuar em contato mais próximo possível da população. “A porta da minha sala estará aberta o tempo todo para que venham conversar comigo”, disse ele, já convidando os comerciantes da região central andreense para um encontro. Na edição de sexta-feira, reportagem do Diário mostrou queixa dos proprietários de estabelecimentos locais sobre onda de furtos na madrugada. Segundo os relatos, só neste mês, cerca de 15 comércios foram vítimas da ação dos criminosos, que levam diversos tipos de mercadoria e causam prejuízo às estruturas. “Peço que venham me procurar e podem ter certeza que vou tomar providências.”

ESTATÍSTICAS

Para a diminuição dos índices de furtos e roubos, comuns e de veículos – que registraram aumento no mês de maio na região, de acordo com as estatísticas da SSP (Secretaria da Segurança Pública) –, Bressan conta com o apoio da PM (Polícia Militar) e da GCM (Guarda Civil Municipal). “Sei que todos trabalham em harmonia aqui e isso é maravilhoso.”

O delegado pontuou que a polícia consegue controlar todos os índices de criminalidade, mas sozinha não é capaz de conter a violência. Nesse caso se faz necessário o envolvimento de todos os setores. “Se estão roubando dez vezes no mesmo lugar, coloco polícia lá e vou prender esses criminosos. Mas não consigo impedir que o pai mate o filho e vice-versa. (No combate à violência), a sociedade como um todo tem que se unir.” 




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