Política Titulo Palanques distintos
Skaf volta a minimizar atividade com Dilma

Peemedebista desdenha de ato em Jales e reforça que prioridade será Festa de Peão em Barretos

Por Júnior Carvalho
Especial para o Diário
28/08/2014 | 07:00
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Na contramão do PMDB de São Paulo, o candidato da legenda ao governo paulista, o presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf (PMDB), voltou a minimizar o encontro que será realizado no sábado, em Jales, no Interior, onde os peemedebistas anunciarão adesão em massa à candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT) à reeleição.

Para Skaf, o evento será “reunião do partido” e não comício da presidenciável, embora o PMDB trate a atividade com pompas de ato pró-Dilma e Michel Temer. “Em Jales será reunião do PMDB, reunião do partido. Se houver possibilidade, vou dar uma passadinha lá. Não é evento da minha candidatura nem evento de nenhuma candidatura à Presidência”, desprezou o peemedebista.

Skaf evitou mais uma vez confirmar presença no encontro, alegando ter agenda indefinida e que já terá de ir à Festa de Peão de Barretos, que ocorrerá na mesma data. “A única coisa que tenho programado é a festa em Barretos, mas não está confirmada. Nossa equipe vai decidir isso na sexta-feira (amanhã)”, acrescentou o postulante do PMDB, após participar de encontro com empresários no Rotary Club, na região central da Capital.

O encontro em Jales ainda não aparece como compromisso agendado no portal oficial da campanha de Dilma. O convite confeccionado pelos peemedebistas para o evento, porém, tem as logomarcas das candidaturas da petista e de Skaf estampadas, além do brasão da campanha do ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab (PSD) ao Senado – integrante da chapa que tem o dirigente da Fiesp como líder.

No site do PMDB paulista, o ato é citado como “grande arrancada para o partido voltar ao governo de São Paulo e para reconduzir Michel Temer à vice-presidência da República”. “Não é um evento da minha candidatura nem de nenhum presidenciável. Se fosse e eu estivesse lá, estaria no palanque”, frisou Skaf.

O candidato tem evitado atrelar sua imagem à de Dilma com medo de que a rejeição da petista – a maior entre os presidenciáveis – contamine sua campanha. Ele aparece como segundo colocado nas pesquisas e é visto como único nome com chances de levar a disputa ao segundo turno, com o atual governador e postulante à reeleição Geraldo Alckmin (PSDB), já que o petista Alexandre Padilha (PT) estacionou nas sondagens de intenção de voto.

CONSCIÊNCIA LIMPA
Skaf não se mostrou preocupado com as declarações dadas por Michel Temer ao Diário, indicando que se o candidato ao Estado não for à atividade em Jales, “perderá o PMDB”. Visivelmente incomodado ao ser indagado se temia alguma represália do partido, o empresário desdenhou. “Isso não existe. Eu nunca vi ele (Temer) falar isso, não. Eu tenho o melhor relacionamento com o Michel e para mim ele nunca falou isso, e é o que importa”, desconversou.




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