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Impotência é baixa no Brasil
Do Diário do Grande ABC
28/04/1999 | 00:54
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Apenas 2% da populaçao masculina brasileira acima de 20 anos sofre de disfunçao erétil (impotência sexual), caracterizada pela dificuldade de ter ereçao, segundo um estudo com 2 mil homens realizado pela Unifesp (Universidade Federal de Sao Paulo), que está em fase final de análise de dados. Esse número é baixo, se comparado aos índices de uma pesquisa realizada pela Universidade de Boston, nos Estados Unidos, em 1994, segunda a qual 10% dos homens apresentavam algum tipo de disfunçao erétil.  

Segundo o pesquisador e professor assistente de Urologia da Unifesp, Joaquim Francisco de Almeida Claro, as peculiaridades da mulher brasileira e a diferença entre a alimentaçao em cada país contribuíram para a baixa incidência do problema no Brasil. Claro apresentou o estudo durante uma entrevista coletiva, em Sao Paulo, para lançar o remédio Vasomax, usado no tratamento de impotência sexual, que chegou ontem às farmácias brasileiras.  

Enquanto o estudo norte-americano, com 1,7 mil voluntários, indicou que 58% dos homens acima dos 50 anos têm disfunçao erétil, os dados da Unifesp revelaram que de 30% a 35% dos brasileiros sofrem desse problema. A maioria dos casos brasileiros, segundo Claro, é de causa psicológica e o grau do problema é leve.  Os dados foram coletados por meio de uma avaliaçao do histórico clínico de cada homem entrevistado. "O estudo de Boston pode ter supervalorizado o número de homens que sofrem de impotência sexual", considerou.

Os dados do estudo brasileiro serao apresentados no começo de maio no Congresso Norte-americano de Urologia, em Dallas.  Um fator que pode explicar a diferença entre os números dos Estados Unidos e do Brasil é a alimentaçao. "Os norte-americanos consomem mais gordura e têm taxas mais elevadas de colesterol do que os brasileiros", disse.

Os alimentos ricos nessas substâncias podem provocar doenças como hipertensao e, com isso, aumentar a incidência de impotência sexual.  Claro enfatizou a importância da mulher brasileira nos dados obtidos com o estudo. "As brasileiras sao muito mais predispostas ao sexo." Ele disse que um estudo realizado na Inglaterra e nos Estados Unidos revelou que 52% das mulheres preferiam fazer compras do que fazer sexo com seus maridos ou namorados.  

Claro receitou para algumas pacientes e colegas o Vasomax, remédio que atua na inibiçao da adrenalina, substância que impede a ereçao em homens. O Vasomax teve efeito positivo nas mulheres observadas: houve lubrificaçao da vagina e aumento do orgasmo clitoriano.




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