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O que é a Umidade do Ar?
Por Caroline Ropero
Especial para o Diário
28/08/2011 | 07:00
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O ar que respiramos é composto por vários gases, como oxigênio e gás carbônico, além de vapor de água. Dependendo da quantidade de água espalhada na atmosfera, fica mais úmido ou seco. Entre os estudos que os meteorologistas fazem todos os dias, medem a umidade do ar para saber o quanto de vapor de água há na atmosfera.

Quando vemos pela TV, que a umidade está em 60%, por exemplo, significa que o ar tem 60% de vapor do total de 100% que suportaria. Essa quantidade é considerada boa para nossa saúde. Quando há só 20% de vapor de água, significa que ainda caberiam 80% mais, e isso indica que o clima está seco.
Abaixo de 30% pode trazer problemas à saúde; por isso, os técnicos fazem o controle diário. Quando varia de 30% a 21% indica atenção; de 20% a 11%, alerta; menos de 11%, emergência.

Mas como sabem disso? Os cálculos são complicados, mas podem ser comparados com uma mistura de água e açúcar. Se colocar um pouco de açúcar em um copo d'água, a substância se dissolve. Mas se continuar colocando, em algum momento, não dissolve mais. Algo semelhante ocorre com o vapor de água e a atmosfera; ele preenche o ar até quando não cabe mais (100%) e daí vira líquido, como garoa.

DE ONDE VEM?
O vapor do ar vem da evaporação de rios e mar, respiração das plantas e até de roupas no varal. Sobe para a atmosfera e, ao encontrar o ar gelado, transforma-se em gotículas, formando nuvens, neblina e nevoeiro. Por isso, é comum ver pela manhã gotinhas que cobrem a grama, formadas quando o ar quente encosta onde está frio.

No frio fica mais seco

A umidade do ar depende de cada região. Onde há muitas árvores, rios e lagos é mais úmido, como na Amazônia, já que a evaporação de água é constante. Nos centros urbanos, como São Paulo, é mais seco. Entretanto, é menos seco do que no deserto, onde a umidade é cerca de 15% e pode chegar a 5%, como o do Atacama, no Chile, considerado o mais seco do planeta.
No inverno, o clima é mais seco porque o ar frio suporta menos vapor de água que o quente. Em consequência, chove bem menos, já que não há gotículas suficientes para formar nuvens. Por isso é comum ouvir que a cidade está em estado de alerta como ocorreu em agosto. O aviso serve para a população tomar cuidado com a saúde e ingerir mais líquido.

Perigo de incêndio

Quando não chove, a atmosfera fica seca, reduzindo o nível dos rios, já que não é reposta a água eliminada pela evaporação. A vegetação também fica assim. Com isso, qualquer faísca ou bituca de cigarro pode provocar incêndio. Como tudo ao redor também está seco, o fogo se espalha rapidamente. Em único dia de agosto, foram registrados 473 focos de incêndio no País. Além de destruir a mata e matar os animais que não conseguem fugir, o fogo deixa o solo pobre em nutrientes, prejudicando o cultivo depois disso.

Consultoria de Aline Tochio Ângelo, meteorologista do Clima Tempo, e Rita Ynoue, professora do Departamento de Ciências Atmosféricas da USP

 




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