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Star Trek retorna às telonas

Mesmo com novo diretor no comando, recém filme da saga não decepciona

Por Luís Felipe Soares
28/08/2016 | 07:00
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Divulgação:


 A missão de seguir audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve continua para Star Trek. Os recentes filmes comandados por J.J. Abrams traçaram outro panorama em torno da atração, mesclando o clássico e o atual, o passado e o futuro, o analógico e o digital. Agora, o diretor passa o bastão para Justin Lin (responsável por quatro filmes da cinessérie Velozes e Furiosos) afim de ver seu projeto seguir pelas galáxias.

O novo diretor leva toda a dinâmica apresentada em trabalhos anteriores para a U.S.S. Enterprise e prova que a saga ainda tem elementos a serem desenvolvidos em Star Trek: Sem Fronteiras, que estreia nos cinemas brasileiros na quinta-feira (com pré-estreias) em cópias convencionais e versões em 3D. A segunda continuação da atual história nas telonas remete à questão principal do seriado original: explorar locais e civilizações até então desconhecidas pelos seres humanos.

Após as brigas e questões morais discutidas em Além da Escuridão(2013), Kirk (Chris Pine), Spock (Zachary Quinto) e o restante do grupo ainda viaja em sua jornada de cinco anos pelo Espaço. O espírito de ajuda ao próximo faz com que batam de frente com o revoltado Krall (Idris Elba), vilão que não acredita na paz pregada pela Frota Estelar e coloca todo seu ‘enxame de abelhas’ na batalha. É no estilo kamikaze do grupo que se apresentam as cenas mais agitadas, deixando os espectadores apreensivos sem demora e segurando a tensão até o fim.

Entre destruições, amizades inesperadas, descobertas e planos de vingança, a trama se mostra interessante ao focar também as pequenas incertezas dos personagens, seja com Kirk querendo deixar seu posto de capitão ou com Krall se revelando mais sentimental do que se imagina por trás de tantas camadas – literalmente. Claro que há espaço para sempre reverenciar o seriado original, incluindo aqui homenagem à morte do ator Leonard Nimoy (1931-2015). Destaque também para a maquiagem e a direção de arte do longa-metragem.

Se havia algum tipo de medo quanto ao rumo da franquia com o bastão passado para Justin Lin, Star Trek: Sem Fronteiras consegue agradar os fãs. O DNA da saga parece ter sido compreendido e passado adiante. Talvez o maior desafio seja fisgar o público comum, que pode sair confuso e ainda continuar achando que todas essas histórias de viagens no espaço são sem graça.




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